Parte da bancada petista manifesta descontentamento com a chapa proporcional firmada com PP, PDT e PRB para a disputa de cadeiras na Assembleia Legislativa e temem ver reduzido o número de deputados da sigla no parlamento baiano. A posição é também de parte da Executiva Estadual do PT, que vê na coligação com as três siglas um risco de diminuição do partido no Estado. "Em nome do pragmatismo eleitoral, foi escolhido dimunuir a força do partido. Este não é nosso objetivo", disse o secretário de mobilização do PT, Moysés Leal.
O deputado estadual Bira Coroa defende que o partido divida a atual proporcional em dois blocos. "Um chapão como esse é prejudicial. Com duas chapas, aumentaria o número de proporcionais e também de estrutura de ação das candidaturas. Aumentaria a competitividade interna dos candidatos", avaliou Coroa. A deputada Fátima Nunes, que foi apontada por Coroa como uma das boas puxadoras de voto no partido, espera que o PT ainda modifique a disposição da chapa. "Queremos que o PT amplie sua bancada de dez para quinze, não que diminua. Não é isso que queremos", disse a parlamentar.
Moysés Leal diz que a escolha de coligar com estes três partidos anula o partido. "Além disso, eles têm grandes puxadores de voto, como o PDT com Marcelo Nilo (deputado estadual e atual presidente da Assembleia)", exemplificou. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, que conduz as negociações com as demais siglas, afirmou que "a posição do partido não mudará por conta da posição isolada de um deputado ou outro".
Jonas Paulo afirmou que foi escolha do partido "crescer apenas moderadamente". Ele avalia que o PT teria condições de crescer de 30% a 40% a sua bancada, mas que buscaria eleger apenas mais um nome dentre os dez que compõem a atual bancada. Também integrante da executiva estadual do partido, Lorival Lopes, afirmou que "o partido não cumpre mais a lógica de construção partidária que indica o movimento para aprofundar o projeto do PT".
Nenhum comentário:
Postar um comentário