sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Vitória de Dilma no mínimo não será rotina, dizem analistas


A vitória expressiva que a presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu em torno do salário mínimo, em seu primeiro teste no Congresso, foi fruto de um grande esforço de articulação política do governo. Mas a rara união dos aliados não deve se tornar uma rotina, na avaliação de analistas e parlamentares. O valor do salário mínimo ficou acordado em R$ 545.

O exemplo mais emblemático dessa vitória foi a unanimidade de apoio do PMDB à proposta do governo para a regra de reajuste do mínimo e seu valor para este ano. Um assessor de longa data do PMDB disse que não se lembrava qual foi a última vez que a bancada votou totalmente unida em um tema, como ocorreu desta vez.

O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, se envolveu diretamente no assunto. Convocou, por exemplo, os deputados que formaram o grupo da "Afirmação Democrática" e que poderiam provocar uma cisão na bancada e pediu que eles não trabalhassem na divisão do partido.

O grupo, composto por 11 parlamentares, luta para apagar a imagem de fisiologismo do PMDB e é contra a disputa por cargos na esfera federal. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), também varou noites convencendo os peemedebistas que estavam descontentes com o tratamento que o partido recebia da presidente Dilma nas indicações do segundo escalão.

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