segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bahia participa de estudos para desenvolver vacina contra a dengue


Três estudos estão sendo realizados no mundo para criar uma vacina contra os quatro tipos de dengue, de acordo com informações do pesquisador e diretor da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz), Mitermayer Galvão. Um dos estudos, uma parceria entre a Fiocruz e a multinacional GlaxoSmithKline (GSK), conta com a contribuição da Bahia.

“Agora estamos preparando as condições para no futuro testar essa vacina. Subsequentemente vamos fazer o teste na fase dois, que é para ver a eficácia, e ai a vacina tem que ser testada no local onde há incidência da doença para que seja demonstrada a eficácia dela. Em uma etapa posterior a vacina é testada no mundo todo, para verificar se ela funciona em qualquer indivíduo, com qualquer genética. Ela será testada na América, na Ásia, na África e na Europa, ai teremos certeza que a vacina funciona para todos", explica Galvão.

Segundo o pesquisador, as vacinas que estão sendo desenvolvidas vão precisar de no mínimo cinco anos para serem disponibilizadas para a população. A demora no desenvolvimento da vacina se deve à importância de que ela evite o contágio dos quatro sorotipos, variações da doença, ao mesmo tempo.

Prevenção

Enquanto a vacina não fica pronta, o especialista destaca a importância de alguns cuidados necessários para evitar o desenvolvimento do mosquito da dengue e a disseminação da doença. A diarista Sônia Santos dá bons exemplos.

“Deixo os vasos sem acumular água, pneus e garrafas virados para baixo, procuro fazer o máximo. Não consigo me ver livre da dengue porque infelizmente não sou só eu que tenho que fazer essas coisas... Tem a vizinhança, outras pessoas”, observa Sônia.

Elenilzo é líder comunitário no bairro de Calabetão de Baixo, na capital baiana. Ele está preocupado com a incidência da dengue no bairro e acredita que o maior foco do mosquito pode estar nas obras paradas do metrô. Há trechos com muitos buracos, que juntam água da chuva. Ele mostra a profundidade de um dos buracos, que tem um metro e oitenta de água parada.

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