sábado, 31 de dezembro de 2011

Ex-goleiro da dupla Ba-Vi agora é presidente do Ypiranga


Eleito novo presidente do Ypiranga, o ex-goleiro da dupla Ba-Vi Emerson falou ao CORREIO do desafio de persistir no sonho de acordar um gigante do futebol baiano.

Em termos práticos, o que muda pra você, que sai da vice-presidência e assume a presidência do Ypiranga?

O desafio continua o mesmo, que é recuperar o clube. Pra mim muda a função. Vou pra um cargo de comando maior. O que aumenta é a responsabilidade, que é acordar um gigante do futebol e do esporte baiano, que estava prestes a fechar as portas e morrer para sempre. Temos mais dois anos de trabalho e tem muita coisa a ser feita ainda. Precisamos nos dedicar e da ajuda de quem gosta do clube.

De que forma a história do Ypiranga ajuda nesse retorno?

O ponto mais forte que temos é o fato do clube ter rejeição zero. É um clube tão querido e a gente tá podendo perceber isso... As pessoas sorriem quando falam do Ypiranga. As outras equipes têm suas torcidas, mas o Ypiranga parece que é uma unaminidade.


Como foi começar do zero?

Começamos do zero e estamos trabalhando da maneira que a gente pensa. Ou seja: o clube não tem vícios antigos, apesar de a gente estar trazendo as pessoas históricas do Ypiranga pra administrar junto. Se você fosse pra qualquer outro clube que está em atividade, teria uma cultura organizacional já montada. Estamos podendo implantar uma visão moderna de administração. Isso é muito positivo.

Dois anos na segunda e o acesso não veio. Qual a lição?

No primeiro campeonato o objetivo foi colocar a cara na rua. Botar o time no campo e mostrar que o Ypiranga estava vivo. Este ano, colocamos com o objetivo de subir e ficamos em terceiro. Foi bom porque deu visibilidade ao trabalho e mobilizou muita gente a torcer pelo clube. O fato da gente ter ficado no quase entritesteceu, mas não abateu. Se a gente subisse, nós diputaríamos a primeira sem estrutura nenhuma. O fato de ficar mais um ano nos dá possibilidade de oraganizar melhor.

Por falar em estrutura, e a Vila Canária? Tem projetos?

O CT é um sonho. Todo clube precisa ter sua casa arrumada. O Ypiranga tem a sua casa com mais de 60 mil metros quadrados que precisa ser toda reformada. Estamos com o campo careca, todo no barro. Então, a gente precisa ter a nossa casa em condições de dar continuidade no trabalho. Pra isso, precisamos de dinheiro, investimento...

Otimismo com a vinda da Copa do Mundo por aí?

Uma das grandes bandeiras que nós temos é o fato da Vila Canária estar inscrita na Fifa pra ser um Centro de Treinamento de Seleções. É o único espaço na cidade de Salvador inscrito pra ser CTS. A gente usa isso pra buscar esses invetimentos. Não tem um valor fechado pra reforma total . Não orçamos isso ainda.

Muito se fala que você investiu seu dinheiro no Ypiranga...

Se fala e é verdade. A partir do momento que me envolvi no projeto, a situação do clube não seduzia ninguém a investir. A gente batia na porta e as pessoas falavam: o Ypiranga ainda existe? Algum maluco precisava iniciar o processo. Esse maluco fui eu.

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