sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Advogada de Lindemberg pedirá anulação de júri do caso Eloá


A advogada Ana Lúcia Assad avisou na noite desta quinta-feira que pedirá a nulidade absoluta do julgamento de seu cliente, Lindemberg Alves Fernandes, condenado a 98 anos e 10 meses de prisão pela morte da ex-namorada, Eloá Pimentel, em 2008. O aviso foi feito logo após o anúncio da sentença. Ao fim do quarto e último dia do júri, ela deixou o Fórum de Santo André sem falar com a imprensa.

A advogada ainda pode responder por injúria e difamação, uma vez que disse à juíza Milena Dias que ela deveria "voltar a estudar". O tom debochado da defensora foi lembrado pela magistrada na leitura da sentença e ela pediu que o caso seja enviado ao Ministério Público para apuração.

No debate, Ana Lúcia pediu que os jurados condenassem o réu, que admitiu ter atirado contra Eloá, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. "Peço que os senhores condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela", disse a defensora. O júri, porém, considerou que ele premeditou o crime.

A defensora iniciou sua fala pedindo para que os sete jurados vissem Lindemberg como um parente, já que "ele não é um bandido". "Não vou pedir a absolvição dele. Ele errou, tomou as decisões erradas e deve pagar por isso."

A acusação, porém, considerou que a sentença foi bem fundamentada. A promotora Daniela Hashimoto disse que não havia motivo para a anulação do júri. "No meu entendimento, a juíza fundamentou com toda a sabedoria a sentença."

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