sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Grupo abriu 20 empresas em quatro anos para sonegar impostos

A Polícia Civil divulgou na tarde desta sexta-feira (28) os nomes das quatro pessoas presas na operação “Faro Fino”. O grupo era liderado por Neverton Oliveira Alves, empresário do ramo alimentício, que foi localizado na residência da namorada, no Candeal, no início da manhã.

O esquema consistia na criação de empresas em nome de “laranjas”, com objetivo de driblar o fisco. Nos últimos quatro anos, Neverton abriu 20 empresas, acumulando uma dívida fiscal estimada em R$ 20 milhões, segundo a polícia.

Atualmente, ele mantinha em funcionamento a empresa Macan Comércio Atacadista de Alimentos, que possui três galpões para armazenamento de cereais, enlatados e outros gêneros alimentícios em Porto Seco Pirajá. Os produtos abasteciam pequenos comerciantes em diversos bairros de Salvador.

A operação também prendeu Samuel Moreira Pimentel, responsável pelo aliciamento dos “laranjas” em troca de vantagens financeiras, Gésica Conceição de Matos Azevedo, Cátia Maria Ribeiro dos Santos e Jacira Ferreira de Siqueira - contadora da quadrilha.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Crime, em residências e estabelecimentos comerciais nos bairros de Brotas, Alphavile, Cajazeiras, Vila Laura, Bonfim e Pituba.

Documentos fiscais, computadores, impressoras, celulares, um Space Fox, de placa NYU-5074, um Camaro de placa NZE-3333 e uma Picape Toyota, de placa NZX-8080, foram apreendidos durante a operação. Neverton é apontado como dono de um apartamento em Alphavile e dos três veículos.

Três mandados de prisão, ainda em aberto, deverão ser cumpridos nas próximas horas. Neverton e Samuel ficarão custodiados na Polinter, no Complexo Policial dos Barris, e as três mulheres na carceragem da Dercca, em Brotas. Os cincos serão indiciados por sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A operação é resultado de uma força-tarefa formada pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Secretaria da Segurança Pública (SSP), através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra o Patrimônio (Dececap), e pelo Ministério Público Estadual.

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