quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Grupo arrecada mais de R$ 37 mil para famílias de vítimas

Além da ajuda oficial dos governos federal, estadual e municipal, as centenas de famílias das vítimas do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, também contam com o apoio e a solidariedade de desconhecidos. Moradores da cidade e de outras regiões do Estado tem se dedicado a doar tempo, mantimentos e dinheiro para minimizar o sofrimento dos parentes de mortos e feridos.

Em Porto Alegre, um grupo de pessoas se juntou para centralizar as doações e distribuir conforme a necessidade dos familiares, que, além de Santa Maria, também acompanham feridos na capital, em Canoas, em Caxias do Sul e em Ijuí. Por meio de uma "vaquinha virtual", eles arrecadam dinheiro e compram comida, água, materiais de higiene e medicamentos para os familiares que abandonaram seus lares para cuidar das vítimas. Em quatro dias, o grupo juntou R$ 37.065, quase o dobro do objetivo, que era de R$ 20 mil.

Segundo uma das organizadoras da ação, Gabriela Ludwig Guerra, o valor que ultrapassou o estipulado inicialmente será convertido em doações para vítimas de outro incêndio que atingiu o Rio Grande do Sul. No mesmo dia da tragédia, um sinistro destruiu a Vila Liberdade, comunidade próximo à Arena do Grêmio, desabrigando dezenas de famílias.

O grupo divulga a prestação de contas das compras dos donativos no Facebook. Segundo os organizadores, o restante do dinheiro não gasto com os mantimentos será enviado para um fundo de apoio às vítimas de Santa Maria. Quem quiser contribuir, pode acessar o link da vaquinha.

Família humilde
Amigos de vítimas da tragédia também têm se empenhado em ajudar famílias humildes que perderam filhos ou os acompanham em hospitais. Em Santa Maria, um amigo dos irmãos Gustavo Marques Gonçalves e Deivis Marques Gonçalves, mortos na tragédia, escreveu uma carta para o apresentador da TV Globo Luciano Huck pedindo ajuda para a família das vítimas. Pelo Facebook, Eduardo Sauthier Monteiro solicitou que Huck reforme a casa dos Gonçalves. Segundo ele, os dois irmãos ajudavam a mãe, Elaine, viúva há dois anos. "Sei que existem muitas famílias que precisam de seu ajuda, mas só convivendo com a família Gonçalves para ter uma dimensão da dificuldade que eles têm", escreveu.

Na carta, o amigo explica que a família tem poucas condições para se manter. "O muro que divide seu terreno com uma vizinha, e faz parte da parede de sua casa, está rachando e corre risco de desabamento, sem falar no estado do resto da casa de madeira com pequenos espaços dentro. Não possuem carro e nenhum tipo de luxo, uma família humilde, porém muito, muito honesta", diz na mensagem, compartilhada por milhares de usuários da rede social.

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