segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Policiais militares são presos por forjarem auto de resistência

Três policiais militares foram presos por forjarem um auto de resistência quando invadiram, em 30 de novembro do ano passado, a casa de um casal de jovens. Lotados na 49ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/São Cristovão), o tenente Marcos Rogério Noia da Silva e os soldados Jurandir de Oliveira Santos e Prisciliano Nery de Souza estão no Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, desde sexta-feira (25).

Após serem surpreendidos pelos policias, Railson de Jesus Santos, de 20 anos, e da companheira Luciane Oliveira Reis, 17, foram baleados no loteamento Vila Verde,  em São Cristóvão. A garota não resistiu e morreu. Os dois foram atingidos no tórax.

Os PMs também estão sendo investigados pela morte a tiros do vendedor Paulo Gabriel Santos Martins, 39. O crime ocorreu em 6 de janeiro deste ano, em um quarto do Motel Korpus, no Jardim das Margaridas, segundo a assessoria da Polícia Civil.

Na ocasião, os policiais foram ao motel para atender ocorrência na qual um homem armado agredia uma adolescente de 17 anos que o acompanhava. Eles informaram em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que foram recebidos a tiro por Gabriel e revidaram.

Os PMs disseram ainda que Paulo portava um revólver 38 e havia consumido cocaína. Mas, segundo exames periciais, o vendedor foi morto em decorrência de traumatismo craniano.

Ponto de drogas
Railson, que tem passagens pela polícia por tráfico e porte ilegal de armas, foi socorrido pelos próprios policiais ao Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas. Para o titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegado Juvêncio Menezes, o jovem relatou que, antes de socorrê-lo, os policiais colocaram revólveres nas mãos dele e de sua companheira e efetuaram disparos.

Um dia depois, o tenente e os dois soldados se apresentaram ao DHPP e afirmaram ter ido ao loteamento Vila Verde para verificar uma denúncia de tráfico. O imóvel onde estavam Railson e Luciane era apontado como ponto de venda de drogas.

A equipe teria sido recebida a tiros pelo casal que, de acordo com os PMs, portava um rifle Winchester calibre 44 e um revólver calibre 38, municiados.

Nenhum comentário: