quinta-feira, 25 de abril de 2013

'Bloomberg': doações de fiéis fizeram Edir Macedo um bilionário

Em uma matéria extensa, de cinco páginas, a Bloomberg Businessweek apresenta o bispo brasileiro Edir Macedo: 68 anos, dedos deformados, uma "coroa" escassa de cabelos brancos e mais de cinco milhões de seguidores, "cujas doações nos últimos 36 anos o fizeram um bilionário". 

Macedo "se orgulha" de, atualmente, ter congregações em cerca de 200 países e, diz a Bloomberg, está constantemente viajando entre eles com a "frota de jatos particulares da igreja". Em sua biografia autorizada, é descrito um modelo Dassault Falcon, que pode custar mais de US$ 20 milhões. 

A revista afirma que, pelo ranking dos mais ricos do mundo, a fortuna de Macedo é estimada em US$ 1,2 bilhão, "inteiramente por conta de ser o dono do sistema de rádio e televisão Record". "O conglomerado produz telenovelas (às vezes bíblicas), reality shows com infusão de sexo e jornalismo que trata de crimes terríveis", diz a publicação, que lembra que o conglomerado possui ainda um canal de TV a cabo de notícias, "um punhado de emissoras de rádio", três jornais, uma empresa de produção de cinema, "e até mesmo um pequeno banco, bem como unidades de cabo e satélite espalhados por todo o mundo".

"No Brasil, onde nasceu e foi criado, ele é uma grande figura nacional, objeto de dezenas de inquéritos criminais e dono da Record, a segunda maior rede de TV do País." A Businessweek lembra que Macedo é conhecido pela forma como se auto intitulou: "O Bispo". 

Macedo fundou a Igreja Universal do Reino de Deus, baseada na teologia da prosperidade, que relaciona fé ao sucesso financeiro, segundo a publicação. "Ele prega duas vezes por semana, frequentemente em duas cidades diferentes, e os sermões são assistidos com fervor nos sites das igrejas, em sua página no Facebook, e nas mini televisões que os taxistas brasileiros gostam de manter nos veículos", diz a revista. 

A publicação afirma que Macedo de vez em quando realiza eventos ao ar livre que atraem multidões, chegando a meio milhão de pessoas. Em fevereiro, lembra a Businessweek, ele se dirigiu a cinco mil pessoas em Belo Horizonte (MG), quando teria questionado à multidão: "qual é o maior país do mundo, economicamente falando? É a 'América', os Estados Unidos. Você sabe por quê? Porque, olhem para trás - vocês podem checar na internet - a colonização foi feita por homens que acreditavam na palavra de Deus. E eles eram dizimistas. É por isso que você vê na nota de dólar: 'Em Deus nós confiamos'."

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