sábado, 22 de junho de 2013

MG: PMs, manifestantes e jornalistas ficam feridos durante protesto

O clima de paz durante o protesto pelas ruas de Belo Horizonte (MG) neste sábado chegou ao fim no momento em que os manifestantes chegaram ao cordão de isolamento feito pela Polícia Militar (PM) nas proximidades do Estádio do Mineirão, onde Japão e México disputam uma partida válida pela Copa das Confederações. Na tentativa de furar o bloqueio, participantes do ato jogaram pedras, bombas caseiras e outros objetos. A polícia começou a revidar depois de 15 minutos e lançou bombas de gás lacrimogêneo.

Pelo menos quatro policiais, cinco manifestantes, dois fotógrafos e uma repórter ficaram feridos.  Um manifestante chegou a cair do viaduto José Alencar. Identificado como Caio Augusto, 16 anos, ele foi socorrido por bombeiros e levado de ambulância a um hospital da cidade, com ferimentos na cabeça e nas pernas. Seu estado de saúde é considerado grave.

O tumulto na avenida Abraão Kaharan, limite estabelecido pela Fifa no entorno do Mineirão, causou muita correria. Um grupo começou a depredar lojas, quebrando vidros. Após o confronto, parte dos manifestantes seguiram em direção a orla da Lagoa da Pampulha para tentar acesso ao estádio por outro lado.  A PM reforçou o policiamento para isolar o estádio. 

Ao término da partida entre Japão e México, houve novo confronto entre agentes da Força Nacional de Segurança, policiais militares e os manifestantes, transformando os arredores da avenida Antonio Carlos em uma praça de guerra. Com bombas e muitos disparos de balas de borracha, as autoridades tentavam conter a multidão que se aglomerava nas proximidades do estádio.
Pelo menos 3,5 mil policiais, com o auxílio da Força Nacional de Segurança, fazem a segurança no entorno do estádio e tentam conter os cerca de 70 mil manifestantes, segundo a PM. Organizadores do ato estimam que há em torno de 120 mil participantes no protesto. 

"São vândalos, arruaceiros, que vêm apenas para causar transtornos. Não recuaremos, não aceitaremos", garantiu o tenente-coronel Alberto Luiz, assessor de comunicação da PM, mostrando objetos arremessados pelos manifestantes, como bolinhas de gude, bolas de sinuca, esferas de metal e rodas de carrinho de rolimã.

Nenhum comentário: