quarta-feira, 26 de junho de 2013

Previsão de caos e confrontos antes de Brasil x Uruguai leva tensão a BH

Conversar em Belo Horizonte sobre Neymar, a rivalidade histórica entre Brasil e Uruguai e a evolução do time de Felipão, só com muita insistência. Apreensivos com o que pode acontecer na cidade no dia que deveria ser o mais festivo da cidade na Copa das Confederações, os mineiros têm como preocupação quase que exclusiva o que pode acontecer fora do Mineirão. A previsão de caos e novos confrontos com manifestantes é compactuada até pela Polícia e faz de BH a cidade do medo nesta quarta-feira.

Basta pegar um táxi na cidade para atestar que não se trata de exagero. Desde domingo, um dia depois do quebra-quebra e violência que deixaram Belo Horizonte com cenário mais próximo de uma guerra, é difícil encontrar um só motorista que não manifeste sua preocupação com um novo dia de caos na cidade. Muitos que trabalham em cooperativas dizem que, se dependesse exclusivamente de suas vontades, o carro sequer sairia da garagem.

O clima de medo é justificado pelo acirramento de ânimos desde que um confronto que começou antes de México x Japão e se estendeu até a madrugada de domingo provocou danos e pânico na capital mineira. No dia seguinte, a Polícia disse ser inevitável novos confrontos e prometeu endurecer o tratamento a baderneiros. O prefeito Márcio Lacerda reforçou as palavras, falou em Tolerância Zero contra quem provocasse vandalismo e aumentou o clima de apreensão na cidade. Muitas lojas vítimas de depredação no último sábado cobriram suas vitrines de tapumes e recriaram no Brasil cenas típicas de regiões prestes a serem atingidas por um furacão.

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