sábado, 22 de fevereiro de 2014

Advogado suspeito de fraude milionária no RS é procurado pela Interpol

Investigado pela Polícia Federal (PF) por integrar uma quadrilha suspeita de cometer uma fraude da mais de R$ 100 milhões no Rio Grande do Sul, o advogado Mauricio Dal Agnol foi incluído na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O advogado é apontado pela PF como o líder da organização criminosa e teve o mandado de prisão preventiva expedido nesta sexta-feira, durante a Operação Carmelina, mas não foi localizado.


Segundo denúncia do Ministério Público, Dal Agnol teria se apropriado de R$ 1,6 milhão proveniente de indenizações de clientes em processos judiciais. Se há 15 anos o advogado possuía patrimônio modesto, hoje é proprietário de centenas de imóveis, avião a jato, automóveis de luxo e milhões de reais em contas bancárias. A PF estima que a quadrilha, formada principalmente por advogados e contadores, tenha lesado mais de 30 mil pessoas no Rio Grande do Sul.

A investigação teve início há dois anos por representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público Federal (MPF). Foi apurado que uma renomada banca de advogados, com sede principal em Passo Fundo, captava clientes e ajuizava ações contra uma empresa de telefonia. As ações eram julgadas procedentes e o valor recebido não era repassado aos clientes, ou era pago em quantia muito inferior à que havia sido estipulada na ação.


Aeronave do advogado foi apreendida pela Polícia Federal Foto: Polícia Federal / Divulgação
Aeronave do advogado foi apreendida pela Polícia Federal
Foto: Polícia Federal / Divulgação

Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia e de contabilidade e em uma residência, nos municípios gaúchos de Passo Fundo e Bento Gonçalves. Um dos casos de fraude é o do advogado Mauricio Dal Agnol, que teria se apropriado de R$ 1,6 milhão proveniente de indenizações de clientes em processos judiciais, segundo denúncia do Ministério Público.

A Operação Carmelina recebeu este nome em homenagem a uma das vítimas do grupo, uma idosa que faleceu em decorrência de um câncer. Segundo a PF, ela poderia ter um tratamento mais adequado se tivesse recebido a quantia aproximada de R$ 100 mil a que teria direito - valor que os criminosos nunca lhe repassaram.

Pessoas que possam ter sido vítimas do grupo podem enviar informações para Polícia Federal através do e-mail dpf.cm.pfo.srrs@dpf.gov.br.

Nenhum comentário: