terça-feira, 29 de abril de 2014

Arrecadação bate recorde, mas governo quer aumentar impostos

A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – somou R$ 293,42 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa novo recorde histórico para este período, informou, ontem, a Secretaria da Receita Federal. Sobre o mesmo período de 2013, ainda segundo dados oficiais, houve uma elevação real (acima da inflação) de 2,08%.
Nos três primeiros meses do ano passado, a arrecadação somou R$ 290,15 bilhões (já descontada a inflação). Até o momento, o maior valor arrecadado no primeiro trimestre de um ano havia sido em 2012: R$ 291,55 bilhões. Ainda assim, o órgão reafirmou que fez um estudo elencando uma série de tributos que podem ser elevados ainda este ano para compensar os gastos a mais com o setor energético neste ano.
Mas o  secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes,  negou que este estudo possa ser classificado como um “saco de maldades” – termo usado no passado para designar pacotes tributários com elevações de impostos para arrecadar mais recursos. 
De acordo com ele, as medidas propostas pelo Fisco “estão todas em análise superior”, referindo-se ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“As medidas foram propostas. O ministro da Fazenda [Guido Mantega] se manifestou dizendo que existem algumas medidas. Mas não queremos antecipar, pois acabaria gerando um grau de ansiedade excessivo para os contribuintes que podem ser abrangidos. A análise de conveniência e do custo político precisa e deve ser feita. Essa cesta de medidas [para aumentar tributos] existe sim”, declarou Teixeira Nunes a jornalistas.
Ele explicou que o principal fator para o crescimento da arrecadação brasileira foi a expansão da economia entre o primeiro trimestres deste ano em comparação com ano passado.

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