sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Marido diz que matou delegada impulsivamente porque ela não quis assinar divórcio

A morte da delegada-assistente da 36ª DP, no Rio de Janeiro, Tatiane Damaris, indignou sua família, que divulgou uma carta pedindo justiça. O viúvo da delegada, Alessandro Furtado, 39 anos, confessou o crime. Ele alegou que agiu de maneira impulsiva depois que a mulher se recusou a assinar o divórcio e chegou a apontar uma arma para ele. A versão não convence os investigadores do caso.

"Ele usou luvas cirúrgicas para cometer o crime. Isso indica premeditação. Ainda é muito cedo para dizer que realmente o crime foi motivado pelo seguro, mas é uma linha de investigação. Encontramos os papéis do divórcio na casa, mas não sabemos se eles estavam ali há mais tempo", disse ao Extra o delegado Rivaldo Barbosa.

A carta da família diz que todos estão abalados com o que aconteceu. "Principalmente por se tratar de uma cidadã que atuou com seriedade no âmbito da segurança pública, e por ser mãe, mulher responsável, atuante. A sociedade, a família clama por justiça diante de um crime bárbaro no seio do seu próprio lar. A lacuna criada é imensa no seio familiar. Neste momento nos fortalecemos com orações ao criador".

Tatiane foi estrangulada com uma gravata e ainda recebeu um choque - segundo o suspeito, em uma tentativa de reanimar a mulher. Ele se contradisse em depoimento na polícia e levantou suspeita dos investigadores.

Inicialmente, o suspeito disse que o crime foi cometido por milicianos. Depois, afirmou se tratar de um roubo seguido de morte, dizendo que encontrou a porta de casa arrombada - informação falsa. Ele tinha lesões no rosto, mas alegou que teriam sido causadas pela coleira do cachorro. Depois, acabou confessando o crime. Alessandro tem uma amante, mas a polícia descartou envolvimento dela no crime.

Depois de matar a mulher, Alessandro foi para a faculdade e participou ativamente da aula.

O corpo da delegada foi encontrado na cozinha de casa, com um travesseiro atrás da cabeça. A delegada foi morta cerca de 15 dias depois de assinar um seguro de vida beneficiando os filhos - ela era mãe de um adolescente de 17 anos e de uma menina de 3 anos, essa última com o acusado pelo crime.

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