sábado, 18 de outubro de 2014

Novo Bahia? Tricolor faz a pior campanha desde que retornou à Série A, em 2011

De novo, só o slogan. O Bahia continua com os velhos problemas. Com um time oscilante e erros de gestão - alguns deles destacados ao lado -, o tricolor chega aos últimos dez jogos do Brasileirão vivendo o pior quadro desde que retornou à Série A, em 2011.

Primeiro clube dentro da zona de rebaixamento, o tricolor precisa de mais 15 pontos para atingir a marca de 45, que, segundo os matemáticos da UFMG, colocaria o clube com apenas 9% de cair.

Ou seja, cabe ao Esquadrão emplacar um aproveitamento de 50% nas últimas dez partidas, algo que não conseguiu nos três anos anteriores, quando somou sempre 12 pontos (40%). E é bom não repetir esse aproveitamento, já que assim o Bahia só atingiria 42 pontos. Segundo os matemáticos, essa pontuação deixaria o clube com 80% de chances de cair pra Série B.

*OS ERROS DA ATUAL DIRETORIA

1 QUANTA ALTERNÂNCIA
2 AUSÊNCIA DE COMANDO
3 CONTRATAÇÃO A RODO
4 SALÁRIO ATRASADO
Quatro diretores - Em apenas um ano e um mês da atual gestão, o Bahia já teve quatro diretores de futebol. Contratado na gestão de Marcelo Guimarães Filho, Anderson Barros foi demitido em dezembro para a chegada de William Machado. Depois, veio Ocimar Bolicenho. Agora o cargo está com Rodrigo Pastana.
Quem resolve? - As principais decisões do clube hoje estão concentradas apenas no presidente Fernando Schmidt e no diretor de negócios Pablo Ramos, que ainda não conseguiu patrocínio master na camisa. Homem forte da campanha, Sidônio Palmeira se afastou após o  Baiano. O vice-presidente Valton Pessoa também se afastou do cargo.
Foram 26 no total - O Bahia contratou mais de dois times neste ano . Mas o critério qualidade acabou em segundo plano na montagem do time. Só de  laterais-direitos foram três contratados. E o titular é Railan, da base. Para o ataque, vieram dez. Grande atração, Maxi Biancucchi decepcionou, com quatro gols em 37 jogos, e hoje é reserva.
Jogadores e comissão - Difícil entender os critérios, mas o Bahia deve dois meses de salários aos jogadores e um mês para membros da comissão técnica e diretoria. O clube trabalha coma previsão de pagar  agosto hoje e setembro até o fim do mês. Para minimizar a situação, a diretoria pagou as premiações referentes às últimas vitórias.
Números ruins que coincidem com o mau momento do Bahia dentro e fora de campo, onde a equipe não vence há três jogos e ainda tenta engolir a eliminação traumática da Copa Sul-Americana, para o César Vallejo, do Peru, nos pênaltis, após tomar dois gols nos dez minutos finais. 

"Temos que fazer o nosso campeonato, confiar naquilo que estamos trabalhando e vamos executar. Mais do que nunca, agora vamos fazer um campeonato de dez jogos, dez decisões", comentou o técnico Gilson Kleina, que tenta melhorar o psicológico dos jogadores para o duelo contra o 3º colocado São Paulo, amanhã, às 18h30, no Morumbi. 

Desde o retorno à Série A, a menor diferença tricolor pra zona de rebaixamento restando dez rodadas foi no ano passado, quando estava a quatro pontos do Criciúma, então 17º colocado. Um ano antes, estava oito pontos à frente do Z-4 e, em 2011, sete. Tal comparação está nas tabelas abaixo.

*BALANÇO DA CAMPANHA 2014
Apesar de ter a nona melhor campanha do returno, com 13 pontos em 27 disputados (48% de aproveitamento), o Bahia paga pelo primeiro turno ruim, quando somou apenas 17 de 57 pontos (30%) e acabou na vice-lanterna. Em âmbito geral, o desequilíbrio tricolor está no aproveitamento como mandante, quesito onde  tem a segunda pior campanha, com apenas 18 pontos em 14 partidas (cinco vitórias, três empates e seis derrotas). Como visitante, o tricolor é o 12º. Em 14 jogos, ganhou dois, empatou seis e perdeu seis.

Nenhum comentário: