terça-feira, 30 de junho de 2015

Ménage à trois, troca de casais, como lidar com o desejo e suas consequências

Um colchão de casal tem, em média, uma área útil de 2,90 metros quadrados. Para uns é a medida exata. Para outros, pouco. Mas, para um número crescente de pessoas, é um verdadeiro latifúndio erótico. Embuídos de um sentimento de coletividade – literalmente – pregam que pode caber bem mais de dois. Não, não estamos falando de nenhum novo grupo dos sem-cama, e sim dos adeptos do famoso sexo grupal, para quem um é pouco, dois é bom e três é ménage.

Da Grécia à atualidade
De novidade, essa prática não tem quase nada. Ela vem dos tempos da Grécia antiga, quando se organizavam grandes orgias com mais de 100 participantes, quase sempre divididos em grupos de três. Assim, obedecendo a um esquema de rodízio, todo mundo participava, já que em quatro, acabariam por se formar pares e, em cinco, alguém ia acabar sobrando. Naquele tempo, sem metade dos valores sociais de hoje, a realização do sexo grupal só dependia mesmo da solução de um problema matemático de pares ordenados.

Nos nossos dias, a coisa é bem diferente. “Acho muito atraente a idéia. Mas por outro lado, morro de medo”, confessa a estilista Daniela Braga. Ela acredita que, se submetendo à experiência com um namorado, não vai suportar vê-lo transando com outra pessoa ao seu lado.

“Uma vez, li numa revista o depoimento de uma mulher contando que o marido a tinha trocado pela parceira deles de ménage. Imagina que situação pavorosa! Só consigo chegar mais próxima da realidade se imagino acontecendo com mais duas pessoas com quem eu não tenha muita intimidade. Mas, mesmo assim, vou ficar constrangida. Precisaria trabalhar melhor a idéia”, diz Daniela.

Sem grilos
Quem conseguiu vencer as travações e provar do ménage, garante que o prazer da experiência é proporcional à resolução moral do processo. Ou seja, a cama está livre para tudo, menos para os grilos. “Uma prima minha fez, disse que tinha sido ótimo e eu resolvi fazer. Aproveitei que estava solteira, trabalhei bem a idéia e fui à luta. Mas foi um sufoco encontrar uma terceira pessoa que topasse. Porque homem não faltou, era só falar no assunto, que sempre aparecia um. É impressionante a obsessão que eles têm por sexo com duas mulheres. E se foi difícil achar outra mulher, mais difícil ainda é conseguir outro cara”, comenta Clarisse Nascimento.
Mas, com paciência e perseverança, ela conseguiu. “Ele tinha uma amizade colorida com uma mulher e estavam procurando alguém para um ménage. Nós nos encontramos algumas vezes antes, para ganhar intimidade, e tudo foi acontecendo de uma maneira muito natural. Foi ótimo, não rolou nenhum tipo de estresse depois. Sempre que nos encontramos rimos muito e acho que, um dia, vai acabar rolando de novo. Só quero, pelo menos uma vez, experimentar com dois caras. Deve ser muito mais legal”, acredita. Informações do Bolsa de Mulher.

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