terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Ao fim da gestão, presidente da UPB pontua: ‘O que existe é má distribuição das receitas’

Depois de quatro anos se aproxima o fim segundo do mandato de Maria Quitéria como presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB). A eleição para definir o novo gestor da entidade acontece no próximo dia 25 de janeiro, mas até lá, a ex-prefeita de Cardeal da Silva segue no comando da instituição, onde acredita ter fomentado uma cultura de capacitação e orientação. Ela ressalta a criação das salas de consórcios, inauguradas em 2013, e do Conselho Consultivo, que contribuiu para tornar a gestão mais participativa. 

“A gente fez um trabalho, colocando a política em segundo plano e mostrando que o município pode e deve ser um órgão transformador, com transparência, eficiência e com informação”, afirma. Diante de um ano que promete ainda mais cortes de investimento nos setores públicos, Quitéria é otimista ao definir que esse é o “momento dos municípios” que, enfim, conquistaram mais espaço e visibilidade para angariar recursos. “Crise não existe, o nosso país é rico. O que existe é má distribuição das receitas e investimento, muitas vezes, naquilo que não é necessário.

O governo federal cria políticas públicas e o município executa, mas às vezes não é o que ele precisava”, pontua a presidente. Para Quitéria, o Brasil precisa implantar políticas adequadas à realidade de cada local e não exigir que todas as cidades se adequem a um mesmo padrão. Em entrevista ao Bahia Notícias, a gestora comentou ainda o desafio constante de se provar como mulher na política, tendo sido a primeira a presidir a UPB.

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