terça-feira, 6 de junho de 2017

Sistema silvipastoril garante alimentação ao gado e restaura vegetação

O produtor rural e pecuarista grapiúna Marcos Soares ficou satisfeito em participar dos debates sobre “Estratégias para Alimentação dos Rebanhos com Sistemas Silvipastoris e a Segurança Alimentar” durante o Simpósio para o Pacto Internacional Silvipastoril. A mesa-redonda reuniu pesquisadores das universidades federais de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, e do Recôncavo Baiano (UFRB); da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e da Ceplac, na manhã desta terça-feira, dia 6, no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), em Itabuna, no segundo dia do III Encontro Baiano de Agrossilvicultura (EBSAGS).

“Uma das coisas de que mais precisamos é repassar esse conhecimento para que o produtor rural se sinta estimulado à preservação ambiental. Nada custa se produzir e ganhar dinheiro, conservando os recursos naturais”, afirmou Marcos, que ainda sem ressente das consequências da seca que assolou o sul e sudoeste da Bahia há um ano e meio.

“Tivemos a perda de muitos animais na região de Itapetinga e também aqui em Itabuna. Certamente os estudos apresentados hoje nos fez ver que vivemos em uma nave espacial, com população que se renova a cada e necessita de comida. Então, se a gente não preserva, não terá condições de produzir, ter produtividade, ganhar dinheiro”, sintetizou.

O pesquisador da UFCG Jacob Souto apresentou experimentos que conduz com pastagens em sistema silvipastoril com bons resultados na região do Seridó, na Paraíba, onde a seca é absoluta. “Tem experimentos nossos que são aplicáveis aqui no sul da Bahia e vice-versa. Este EBSAGSo é uma boa oportunidade para que haja o intercâmbio de informações que beneficiarão diretamente ao produtor rural que é a ponta da cadeira que mais precisa de informações. A gente precisa fazer dia de campo para que se chegue a este objetivo”, acrescentou. Na região do norte paraibano o pesquisador faz a restauração de áreas com técnica inovadora e praticamente sem custos, já que todo o material utilizado é das próprias propriedades rurais ou de sua vizinhança.

Para o diretor do Centro de Pesquisas do Cacau da Ceplac, José Marques Pereira, as informações trazidas pelos pesquisadores são importantes. “Reaprendemos que devemos manejar melhor os ecossistemas, principalmente os de pastagens, mistos e silvipastoril para tirar melhor proveito quando as secas ocorrerem. Alguns dos ecossistemas de Itapetinga e Itaju do Colônia sofrem muito com a seca, com alta mortalidade de animais e degradação de pastagens”, salienta. E acrescenta: “Esses modelos e metodologias apresentadas podem ser útil diante dessas ocorrências cíclicas que resultam dos efeitos climáticos na Região Cacaueira”, destacou.

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