sábado, 5 de agosto de 2017

Suspeito de matar menina achada em mala morava no quintal da vítima

O suspeito de matar Agatha Nicole Silva Victorino, de apenas 6 anos, encontrada morta numa mala jogada em rio no Engenho Novo, morava no quintal da vítima, de acordo com parentes. Identificado apenas como Alexandre, o homem se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira. Neste momento, ele presta depoimento na Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso. Ao saberem que o suspeito estava na delegacia, os familiares da vítima foram para o local.

— Não saio daqui sem falar com ele. Ele mora lá há anos e faz isso com a minha filha — vociferou Luane Cristine Silva Victorino, de 23 anos, mãe da vítima.

Segundo parentes, Alexandre foi reconhecido pelo próprio filho, de 10 anos, ao assistir ao vídeo em que o homem aparece carregando a mala nos ombros, antes de lançá-la no rio. O menino alertou a irmã do suspeito, que avisou a polícia.

Ainda de acordo com relatos, o homem teria cavado uma cova dentro de casa para enterrar a criança, mas não obteve sucesso e decidiu colocá-la dentro de uma mala que pertencia aos seus filhos. Segundo parentes, o suspeito é usuário de crack e cocaína.

No início da noite desta sexta-feira, o avô de Agatha chegou à DH e pediu para falar com Alexandre.

Abuso sexual

De acordo com o delegado Fabio Cardoso, titular da DH, a vítima sofreu violência sexual antes de morrer. A menina apresentava também lesões no corpo e na cabeça. O laudo técnico da perícia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) constatou que a morte se deu por asfixia e afogamento.

— A menina sofreu ferimentos, foi abusada e colocada na mala ainda com vida. A perícia constatou rompimento do hímen, indicando que ela sofreu violência sexual. O autor vai responder por homicídio e por estupro — afirma Cardoso.

Segundo a mãe da menina, Luane Cristine Silva Victorino, de 23 anos, havia um pacote de biscoitos dentro da mala, que teria sido usado para atrair a vítima. A informação foi confirmada pelo delegado:

— Havia biscoitos na mala, e pelo perfil que temos dela, de que era uma criança dócil, facilmente atraída por biscoitos e balas, indica que foi assim que esse homem agiu. Os investigadores estão muito indignados e se empenhando ao máximo.

Até as 15h desta sexta-feira, o corpo de Agatha permanecia no Instituto Médico Legal (IML). Ainda não há informações sobre o sepultamento.

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