Fernando Haddad (PT) iniciou uma agenda intensa pela zona leste no começo da tarde desta segunda-feira, em São Paulo. Em caminhada pelo bairro de São Mateus, o candidato à prefeitura da capital teve até o apoio de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual diretor de seleções da CBF. Filiado ao PT, Andrés foi reforço em dia que Haddad ainda caminha por Itaquera e faz comício ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, no mesmo bairro.
A investida do PT quer por à prova a musculatura da candidatura de Celso Russomanno, cujo crescimento com o PRB
nas pesquisas se deu a partir justamente da zona leste, reduto
tradicionalmente petista. Em São Mateus, no início desta tarde, Haddad
focou sua abordagem aos populares com pedidos de votos que não costuma
fazer com tanta contundência, além de questionamentos às propostas de
Russomanno. Em especial, a tarifa de ônibus proporcional à distância
percorrida.
"Se você tem o dinheiro para dar desconto, por que vai dar para quem
mora perto? É uma crítica política a uma proposta que já foi pensada e
não deu certo em São Paulo", afirmou o candidato do PT após a caminhada.
Depois de Russomanno reclamar sobre as críticas do petista ao projeto,
Haddad lembrou que o debate da Rede Record, cancelado por conta do nascimento da filha de Celso Russomanno e por divergências entre a emissora e o tucano José Serra, seria oportunidade para a discussão das ideias.
"Você vai em debate de televisão e faz a pergunta, você dá a chance de o
candidato esclarecer. Por que não remarcamos o debate da Record?
Ele (Russomanno) não teve interesse. No debate frente a frente, ele ia
defender a proposta dele e eu ia defender a minha. Ele alegou um motivo
que acabou não se concretizando.
Ele poderia ter ligado para a emissora
da qual ele é funcionário e remarcado o debate". Russomanno havia
cancelado o encontro porque sua filha nasceria nesta segunda, mas o
parto acabou antecipado para o último sábado.
Haddad, que teve os apoios de Andrés Sanchez e do deputado federal
gaúcho Marco Maia, insistiu que ainda há muitos votos a serem
conquistados na última semana de campanha para o primeiro turno das eleições,
que ocorre no domingo. "É muito fácil convencer os indecisos. Temos o
melhor plano de governo e a população não gosta das propostas dos outros
candidatos", alegou.
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