Após mais de 16 horas de negociações, a Fenaban
(Federação Nacional dos Bancos) apresentou ao Comando Nacional dos
Bancários uma plano para atender reivindicações de grevistas, na
madrugada desta sexta-feira.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os sindicatos foram orientados a
realizar assembleias até a próxima segunda-feira e aceitarem a proposta,
que resultaria no fim da paralisação da categoria. A greve fechou
12.140 agências e chegou a 22 dias nesta quarta-feira.
A nova proposta eleva para 8% (aumento real de 1,82%) o
índice de reajuste sobre os salários e as verbas, para 8,5% sobre o piso
salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica
e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e
Resultados), além de elevar de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser
distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
Os avanços incluem ainda três novas cláusulas: proibição
de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados,
abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura
do governo, no valor de R$ 50 por mês.
Os bancos também recuaram da proposição inicial de
compensar todos os dias de greve em 180 dias. Evoluíram para a proposta
do ano passado, de compensação de duas horas diárias até o dia 15 de
dezembro. Finalmente aceitaram compensar no máximo uma hora extra
diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro.
Após a negociação com a Fenaban, o Comando Nacional se
reuniu separadamente com os negociadores do Banco do Brasil, da Caixa
Econômica Federal e do Banco do Nordeste para receber as propostas das
reivindicações específicas dos bancários dos três bancos públicos
federais.
"A forte mobilização e a unidade da categoria foram
fundamentais para romper a intransigência dos bancos e garantir avanços
importantes, especialmente aumento real de salário e avanços nas
condições de trabalho", avalia Carlos Cordeiro, presidente da
Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
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