quinta-feira, 2 de novembro de 2017

‘Nem em casa meu filho teve segurança’, lamenta mãe de menino morto na Baixada

A dona de casa Adriana Maria Leite Matheus, de 28 anos, mãe de Vitor Gabriel, de 3 anos, que teve a morte cerebral confirmada na tarde de desta quinta-feira pela equipe médica do Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, lamentou que nem dentro de casa seu filho estava seguro. O pai, o pedreiro Anderson Neves de Oliveira, de 56 anos, muito revoltado, defendeu a pena de morte para casos como esse. A família decidiu liberar os órgãos do garoto para doação.

— Não deixava meus filhos na rua com medo do perigo e vi que dentro de minha casa meus filhos não estavam seguros. Dez horas da noite, eles todos perto de mim, que eu não gosto de filho longe. Levava para todo lugar. Infelizmente agora por onde eu andar não vou levar meu neguinho. Nem dentro de casa meu filho teve segurança — desabafou a mãe.

Adriana contou que, na noite de segunda-feira, o menino brincava na sala diante da televisão ligada com outros irmãos — dois gêmeos de 7 anos e um bebê de um ano e cinco meses — enquanto ela estava em outro cômodo cuidando dos afazeres domésticos. A mãe disse que ouviu um estrondo, foi ver o que era. Em princípio pensou que o menino, muito levado, tinha caído, e o encontrou ferido.

Somente ao chegar no hospital, a mãe descobriu que o filho tinha uma bala alojada na cabeça. Incrédula, disse que pediu para voltar em casa para ver o furo no telhado e só assim acreditou que seu filho tinha sido mais uma vítima da violênvia. O pai lamentou que com tanto espaço na residência o projétil fosse atingir justamente um dos seus filhos.

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