
A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República enviou nesta terça-feira (27) um ofício ao Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) pedindo a suspensão de uma campanha da fabricante de roupas íntimas Hope, estrelada pela modelo Gisele Bündchen.
Os vídeos da campanha,  chamada “Hope Ensina”, mostram a modelo contando ao marido que bateu seu  carro e estourou o limite do cartão de crédito. Primeiro, Gisele revela  os problemas vestida com roupa e, na sequência, apenas de lingerie. A  propaganda diz que a primeira maneira é errada e, a segunda, a correta. E  incentiva as brasileiras a usar seu charme.
“‘Hope ensina’ é a  campanha da empresa que ‘ensina’ como a sensualidade pode deixar  qualquer homem ‘derretido’. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as  mulheres brasileiras a fazerem uso de seu 'charme' (exposição do corpo e  insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros  frente a incidentes do cotidiano”, diz nota divulgada pela SPM. 
A secretaria afirma que sua ouvidoria recebeu seis  reclamações de pessoas “indignadas” com a propaganda desde o dia 20,  quando ela foi ao ar. Além do ofício ao Conar, a SPM também enviou  documento ao diretor da Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, “manifestando  repúdio à campanha.”
“A propaganda promove o reforço do  estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e  ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas  e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório  contra a mulher, infringindo os artigos 1° e 5° da Constituição  Federal”, completa a nota da SPM. 
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