الجمعة، 27 أبريل 2012

70% dos assassinatos de jornalistas no Brasil ficam impunes


Aproximadamente 70% dos assassinatos de jornalistas registrados no Brasil nos últimos vinte anos ficaram impunes, segundo levantamento da organização americana Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). O caso mais recente é o do repórter de política e blogueiro Décio Sá, baleado em um restaurante no dia 23 em São Luís (MA). Sá trabalhava no jornal O Estado do Maranhão, da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB).

O CPJ contabilizou 20 assassinatos de jornalistas entre 1992 e 2012 no Brasil, sendo que 14 não foram punidos. Outros seis foram parcial ou totalmente esclarecidos e seus culpados punidos. O Brasil foi classificado pelo comitê em 11º lugar entre os países onde há mais impunidade contra profissionais da imprensa.

"Os crimes contra jornalistas continuam sendo um dos principais problemas que a imprensa enfrenta nas Américas", afirmou em nota Gustavo Mohme, da Sociedade Interamericana de Imprensa, após a morte de Sá.

O levantamento da CPJ, entretanto, já está desatualizado. A organização contabilizou em 2012 apenas o assassinato do jornalista Mário Randolfo Marques Lopes, em Vassouras (RJ), em fevereiro. Não foram incluídos no estudo a recente morte de Sá e os assassinatos do radialista Laécio de Souza, da rádio Sucesso FM, de Camaçari (BA), ocorrida em janeiro, e do repórter do Jornal da Praça e do site Mercosulnews, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, em Ponta Porã (MS), em fevereiro.

Dos quatro assassinatos de jornalistas de 2012, apenas o de Laércio Souza foi esclarecido pela polícia. Segundo a Polícia Civil da Bahia, ele foi morto por criminosos em janeiro na cidade de Simões Filho (região metropolitana de Salvador) após descobrir e denunciar um esquema de narcotráfico que operava em uma comunidade onde Souza planejava realizar trabalhos sociais.

Um suspeito foi preso e aguarda julgamento. Um adolescente foi apreendido e submetido a 45 dias de medida socioeducativa. Um segundo adolescente que participou do crime foi achado morto.

Sobre o assassinato de Sá, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão afirmou que um suspeito chegou a ser detido, mas não foi formalmente indiciado. As mortes de Rodrigues e Lopes permanecem sem solução.

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