Os pais de Lore Santana Vaz, 26 anos, universitária degolada em Santo
 André, disseram nesta quarta-feira que não acreditam que o ex-genro, 
Allan Peçanha, 27 anos, tenha mandado matar a filha deles para se livrar
 de uma dívida com ela. Eles também descartaram que o suspeito tenha 
contratado os dois homens apenas para assustá-la. Para João Luiz Vaz, 52
 anos, e Vandete Santana Vaz, 47 anos, Allan agiu por ciúmes, porque não
 aceitava o fim do casamento.
 
"É coisa de maluco falar que foi por causa de uma dívida, sendo que 
ele pagou o mesmo valor para os dois (criminosos contratados para matar a
 vítima)", afirmou a mãe da jovem, em entrevista concedida no escritório
 dos advogados da família, em São Paulo. "Ele morria de ciúmes dela. Ele
 não aceitava perder ela", completou o pai.
Em depoimento à Polícia Civil, Peçanha disse ter pagado R$ 2.500 para
 que Robert Piovani Gama, 21 anos, e Raimundo Nonato Bezerra, 32 anos, 
assustassem a ex-mulher, que o estava cobrando por uma dívida de cerca 
de R$ 3,5 mil. Ele negou, no entanto, que quisesse vê-la morta, e disse 
ter ficado surpreso ao saber que as coisas saíram do controle.
Na terça-feira, contudo, a defesa do suspeito afirmou que ele 
confessou a participação no crime após sofrer "coação psicológica", o 
que o advogado Ademar Gomes, que representa a família de Lore, descarta 
completamente. Já a dupla contratada por Peçanha afirmou que a estudante
 foi morta por ter reagido ao ser abordada, mas Gomes diz haver uma 
série de "contradições" nos depoimentos.
Bastante emocionada, Vandete afirmou que já tinha um "pressentimento"
 de que era o ex-genro o mandante do crime, mas que estava "torcendo 
para que não fosse ele". Ela afirmou ainda que a filha e o neto tinham 
medo de Peçanha, que classificou como "uma pessoa muito nervosa" e 
"estúpida".
"Eu tinha um pressentimento que era ele. Mas eu estava torcendo pra 
não ser ele, porque a gente gostava muito dele, e ele era como se fosse 
meu filho. (...) É como você enterrar um filho e ver o outro ir pra 
cadeia", lamentou a mãe, que em seguida descreveu o comportamento "frio"
 do ex-genro ao saber da notícia de que Lore estava morta. "Ele chegou 
na delegacia aos prantos, abraçou a família. Ele abraçou meu filho, 
minha nora. Isso é um ser humano, gente?", questionou.
"Era uma pessoa muito nervosa. (...) Ele só nunca chegou a agredir 
minha filha e meu neto, porque a Lore morava com a família dela", 
completou a mãe da universitária.
Peçanha e os outros dois suspeitos foram presos temporariamente na 
semana passada, mas a polícia agora deve pedir a prisão preventiva do 
trio.

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