Além de pedir a apuração dos fatos, os integrantes do MP
 querem que o govenador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), seja 
intimado para adotar as providencias adequadas para acabar com as 
irregularidades. "Caso Vossa Excelência (o juiz) constate a 
impossibilidade de correção das irregularidades apontadas, por eventual 
inércia do Poder Executivo local, o Ministério Público requer, desde já,
 que seja encaminhada representação ao Supremo Tribunal Federal, para 
fins de transferência dos condenados da AP 470, que se encontram no 
sistema prisional do DF para um dos presídios federais", diz o MP.
O pedido de providências foi enviado à Vara de Execuções
 Penais (VEP) do Distrito Federal, responsável pela execução das penas 
dos condenados. No documento, os promotores pedem que sejam investigadas
 denúncias de que condenados no processo do mensalão recebem regalias, 
como visitas fora dos dias permitidos, além de alimentação diferenciada.
 As irregularidades, segundo o MP, ocorreram no Centro de Internamento 
de Reeducação (CIR), onde está preso o ex-ministro da Casa Civil, José 
Dirceu, e no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), onde o 
ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, cumpre pena. 
Segundo o Ministério Público, recentemente  uma feijoada
 exclusiva para os internos de uma ala do CPP foi feita com ingredientes
 que teriam sido comprados na cantina do presídio. A situação, segundo 
os promotores, gera instabilidade no sistema prisional. "O bom 
funcionamento do sistema prisional fica comprometido em razão da 
instabilidade gerada pelo tratamento diferenciado que está sendo 
garantido a um pequeno grupo de presos. A insatisfação dos demais 
detentos do sistema e o clima de revolta são fatores preponderantes para
 o desencadeamento de uma possível rebelião, comprometendo a segurança 
pública", diz o MP.
O Ministério Público também declarou que a Subsecretaria
 do Sistema Penitenciário (Sesipe) está descumprindo outras decisões da 
Justiça do DF que determinaram o fim das regalias. Em novembro do ano 
passado, os juízes da VEP decidiram que todos os presos devem receber 
tratamento igualitário. Segundo os promotores, a "ingerência indevida" 
da subsecretaria começou após os condenados no processo do mensalão 
terem iniciado o cumprimento das penas no Distrito Federal.

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