A defesa do casal condenado pela morte de Isabella Nardoni, ocorrida há 
exatamente cinco anos, ainda aguarda o resultado dos recursos impetrados
 em instâncias judiciais superiores pedindo a anulação do júri por 
impossibilidade de defesa em virtude do alegado pré-julgamento midiático
 e pela proibição de transmissão televisiva do julgamento, além da 
adequação da pena considerada muito alta. A expectativa do advogado 
Roberto Podval, que representa Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá,
 é que as decisões sejam julgadas pelo Superior Tribunal de Justiça e 
Supremo Tribunal Federal até o final do ano. “A gente está aguardando e 
temos esperanças, lógico, que se conserte um dos maiores erros jurídicos
 desse País”, disse o defensor.
Segundo ele, o julgamento do caso Isabella já começou “resolvido”. O pai
 e a madrasta de Isabella foram condenados, respectivamente, a 26 anos e
 oito meses e a 31 anos de detenção no dia 27 de março de 2010. “Não 
acredito que tenho tido chance de defendê-los porque tamanha foi a 
exposição que todo mundo sabia o resultado antes de começar o júri. Foi 
só uma etapa formalmente cumprida”, avaliou. 
O promotor que cuidou do caso, Francisco José Cembranelli, não crê que 
haja alguma reviravolta no caso. “Os recursos estão previstos em lei e 
como ele (advogado) diz, ainda há esperança, mas não acredito na 
alteração porque os tribunais vêm firmando a mesma posição”, reiterou. 
Cembranelli criticou o fato de serem permitidos recursos que não constam
 mais no Código Penal Brasileiro (CPB). Segundo ele, o protesto por novo
 júri no caso de sentenças acima de 20 anos deixou de existir em 2008, 
com a reforma no CPB. “Só no Brasil que ficam recorrendo a instâncias 
mais elevadas discutindo um dispositivo que não existe mais. A esperança
 é a ultima que morre e isso explica o fato de a defesa acha que vai 
mudar alguma coisa”, salientou.   

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