Se as posições da Igreja Católica sofrem resistência de grupos anti-homofobia
 no Brasil e em várias partes do mundo, o mesmo parece não acontecer em 
São Tomé e Príncipe, na África. A condenação da prática homossexual da 
Igreja está alinhada com parte da população local, conforme relatos de 
peregrinos nesta terça-feira na centenária paróquia Nossa Senhora de 
Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.
É o caso de Eva de Carvalho, 48 anos, que dá "graças a Deus" ao dizer que "não existe isso (homossexuais)"
 em seu país.  Ela é originária do país africano, que conta com uma 
população predominantemente católica (70,3%, segundo senso realizado em 
2001). Eva diz que o tema sequer é abordado por lá.
Itola Lima, 62 anos, também de São Tomé e Príncipe, faz 
coro com a amiga ao dizer que não existe homossexualidade em seu país e 
faz uso da Bíblia para condenar a prática. "Deus fez um homem e uma 
mulher", argumenta.
O assunto, no entanto, não deverá ser tema de debate nos
 dias de Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Com 
intenção de reunir fiéis e alcançar os menos religiosos, a Igreja - a 
exemplo do Papa, em sua primeira declaração no País - deverá evitar 
temas mais controversos.
Entre quarta e sexta-feira, diversas paróquias da cidade
 vão oferecer catequeses sob a temática central do evento ("Ide e fazei 
discípulos" - um mandamento de Jesus, segundo a crença cristã). As 
pregações serão feitas em vários idiomas e a abordagem será menos 
profunda, justamente para contemplar os não-iniciados nos assuntos 
religiosos e os estrangeiros que não dominam o português.
"O objetivo é anunciar o evangelho. É levar Cristo a 
todas as nações, como é o tema da Jornada. Fazer com que todos 
experimentem profundamente a fé em Jesus Cristo", explica o padre Pedro 
dos Santos, da paróquia Nossa Senhora de Copacabana, que espera receber 2
 mil pessoas nos três dias de catequese.

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