Finalista da Copa Libertadores e no momento mais 
importante de sua história em competições internacionais, o Atlético-MG 
pagou um preço caro para chegar até aqui. E o que não pagou, ainda vai 
pagar.
Segundo balanços patrimoniais referentes aos últimos 
cinco exercícios, a dívida atleticana passou de R$ 265 milhões, em 2008,
 para R$ 414 milhões em 2012. O período coincide com a administração do 
presidente Alexandre Kalil, que tem status de ídolo entre torcedores. 
Muitos deles creditam também a Kalil o fato de que o Atlético-MG irá 
decidir a Libertadores na noite desta quarta-feira, em Assunção, no 
Paraguai.
| Ano e valor (em milhões de reais)  |  
  
| 2008 - 265 | 
| 2009 - 286 | 
| 2010 - 318 | 
| 2011 - 368 | 
| 2012 - 414 | 
Há três itens principais que compõem o alto passivo do 
Atlético-MG. À Receita Federal, segundo o último balanço, o valor a 
pagar é de R$ 208 milhões. Ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço), mais R$ 14 milhões. Entre empréstimos a instituições 
financeiras e não financeiras, são R$ 167 milhões.
Em “instituições não financeiras”, entenda-se o 
ex-presidente do clube Ricardo Guimarães. Por empréstimos realizados ao 
Atlético-MG em seus tempos de mandatário, Guimarães recebe parcelas e 
ainda tem direito a 15% do valor arrecadado com transferências. Ele é 
também presidente do Banco BMG, patrocinador máster e dono dos direitos 
econômicos de alguns dos jogadores finalistas da Copa Libertadores.
Apesar da valorização do elenco desde o último ano, por 
conta do vice-campeonato brasileiro, o Atlético-MG também experimenta 
déficits consecutivos durante a gestão Kalil. O que, evidentemente, 
contribui para o crescimento da dívida. Só no último ano, o clube gastou
 R$ 33 milhões além do que arrecadou. Em 2011, esse balanço também havia
 sido negativo: R$ 36 milhões.

ليست هناك تعليقات:
إرسال تعليق