Paulo Autuori ainda não conseguiu dominar o "incêndio" 
com o qual se deparou ao chegar ao São Paulo. Ao mesmo tempo em que o 
técnico tenta combater o fogo de vaidades e acertar o time taticamente 
em campo, jogadores e membros da diretoria alimentam as chamas da crise 
com mais declarações polêmicas.
Quando foi apresentá-lo, o presidente Juvenal Juvêncio 
desdenhou da fase conturbada. "Essa coisa de ser um dos piores momentos 
da vida, do São Paulo... Se ganhar três partidas, vão dizer que o Paulo é
 salvador. Eu também vou dizer", disse, rindo, na semana passada. Foram 
duas derrotas até agora, o que aumentou para nove o número de jogos 
seguidos sem vencer.
O último tropeço determinou o vice-campeonato da Recopa 
Sul-americana para o Corinthians e resultou em declarações fortes. O 
meia Paulo Henrique Ganso criticou o sistema defensivo, o atacante Luis 
Fabiano admitiu apreensão inicial com rebaixamento no Campeonato 
Brasileiro, e o goleiro Rogério Ceni afirmou que o São Paulo, um degrau 
abaixo do maior rival, parou no tempo.
No dia seguinte, o comentário do capitão foi analisado 
com infelicidade pelo diretor de futebol, Adalberto Baptista. Ele disse 
que o jogador estava de cabeça quente por vários motivos, sendo um deles
 a dor no pé direito, a qual, na opinião do dirigente, tem tornado 
deficiente sua reposição de bola, "ponto alto" de Ceni. Proposital ou 
não, o comentário só agrava o momento ruim da equipe.
Autuori tem insistido na tese de que a maior fraqueza do
 elenco é mental e, para vencê-la, aposta no diálogo. O treinador admite
 que até pediria a contratação de um psicólogo - apenas para o elenco, a
 princípio - se fosse início de temporada, mas que a chegada de um 
profissional da área neste momento não surtiria o efeito imediato 
necessário. "Todos têm que acreditar nisso desde o começo", argumenta.

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