As viagens da capital até o noroeste do estado são feitas em um jatinho estimado em R$ 70 milhões. No interior da aeronave, objetos banhados a ouro reforçam o tom luxuoso. Se o avião eventualmente está ocupado, não tem problema. Todos vão de helicóptero até Penápolis.
Embora possa se imaginar que o Penapolense é um clube 
bastante modesto, já que disputa a elite paulista pela segunda vez em 69
 anos, o sucesso na edição 2014 não parece obra do acaso.
O investimento de Garcia e sócios (Guilherme Miranda, 
ex-diretor da DIS, e Marcus Sanchez, sócio da farmacêutica EMS) 
potencializa a campanha cujo ponto alto, por enquanto, ocorreu na noite de quarta com a eliminação do São Paulo dentro do Morumbi.
Para cumprir a façanha, os jogadores saíram de Penápolis
 para uma preparação específica em Atibaia e receberam uma oferta 
generosa: cerca de R$ 100 mil, a serem divididos por todos, em caso de 
classificação. Para quem está habituado a receber entre R$ 5 mil e R$ 8 
mil por mês, a possibilidade de ganhar quase um salário extra é 
tentadora. 
"Isso é um algo a mais para todos", admite o zagueiro 
Gualberto, revelado pelo Palmeiras e um dos destaques no Morumbi. "O que
 realmente motivou é enfrentar um time grande como o São Paulo", diz. 
Ele é um dos vários jogadores levados pela empresa para abastecer o 
elenco do Penapolense, utilizado como espécie de vitrine. Em troca, a 
empresa de Garcia, Miranda e Sanchez ainda tem prioridade para adquirir 
qualquer outro destaque do time e revender. 
Os tentáculos de Fernando Garcia no futebol, porém, estão longe de se restringir ao Penapolense. Atolado
 em contas e com problemas de receita, o presidente corintiano Mário 
Gobbi recebeu a oferta de um empréstimo de R$ 3 milhões. O acordo para Garcia socorrer o Corinthians está praticamente sacramentado. 

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