quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Caso Daniel: Advogado da família Brittes questiona denúncia do MP e diz que jogador 'gerou a tragédia'

O advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende Edison, Cristiana e Allana Brittes, acusados pela morte do jogador Daniel Freitas, questionou nesta quarta-feira (28) os argumentos da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) à Justiça.

A denúncia foi feita pelo MP na terça-feira (27), e foi aceita pela Justiça nesta quarta. Com isso, a família Brittes e outras quatro pessoas se tornaram réus no processo.

De acordo com o advogado, foi Daniel, com um "ato criminoso e violador, que gerou essa tragédia", ao reafirmar que o jogador tentou estuprar Cristiana. A denúncia do MP e a Polícia Civil afirmam que não houve tentativa de estupro.

Daniel Freitas foi morto no dia 27 de outubro, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O crime, conforme as investigações, foi registrado depois de uma festa em comemoração ao aniversário de 18 anos de Allana.

O corpo do jogador foi encontrado perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão, com o órgão genital mutilado.

Dalledone negou o argumento do MP, na acusação de que a festa promovida pelos pais de Allana Brittes fugiu do controle, e que isso teria motivado o crime.

"Ele buscou sem sucesso advogar a ideia de que era uma festa sem nenhum controle. Existia uma festa com jovens que saiam de uma casa noturna, com o pai e a mãe (...) Uma festa de jovens absolutamente dentro da normalidade", ressaltou o advogado.

O advogado da família de Daniel, Nilton Ribeiro, disse que repudia as afirmações da defesa da família Brittes, que "ofendem a memória do jogador e a família dele". Ribeiro afirmou ainda que o trabalho da polícia e do Ministério Público é irrefutável.

Sobre as afirmações da defesa da família Brittes, o promotor João Milton Salles afirmou que, a partir de agora, só vai se manifestar no processo.

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