Apesar de não ter alcançado o objetivo final, que era a captura do traficante Thomaz Jhayson Vieira Gomes, o 3N do Salgueiro, a Polícia Civil acredita que a incursão ao Conjunto Esperança, Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira, que terminou com oito mortos e três presos, teve um desfecho importante. O secretário de Polícia Civil do Estado do Rio, o delegado Marcus Vinícius Braga, diz que, momentaneamente, foi evitada uma guerra em São Gonçalo, na Região Metropolitana. 3N pretendia recrutar criminosos para tentar uma invasão na favela do Salgueiro.
— Foi uma operação baseada em dados de inteligência. Precisou de apoio operacional, uma operação cirúrgica e rápida. O objetivo era bem definido, que era a captura do 2N, agora 3N. Nós acreditamos que momentaneamente evitamos uma guerra em São Gonçalo — afirmou o secretário.
Quem também comentou a ação foi o governador do Rio, Wilson Witzel. Após reunião no Palácio Guanabara, ele comentou a reclamação de moradores de que um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estaria dando tiros do alto em direção à comunidade.
— Se você reclamar da atuação da polícia, é melhor não ter polícia. Se formos reclamar que tem polícia na rua e trabalhando, então é melhor fechar isso aqui e entregar a chave para o tráfico de drogas. A princípio, quem foi morto é porque estava de fuzil e atirou contra a polícia — disse.
A Subsecretaria de inteligência da Secretaria de Polícia Civil (Ssinte) vinha monitorando 3N e conseguiu descobrir exatamente a casa onde ele estava. A ação na Maré foi friamente estudada, e os agentes sabiam local e hora exatos onde encontrariam o traficante. No local, os policiais trocaram tiros com oito homens apontados como seguranças de 3N, que morreram. Três pessoas foram presas. A mulher do traficante, um outro homem suspeito de fazer parte da quadrilha, e um terceiro não revelado pela investigação. O líder do tráfico chegou a ser baleado, mas conseguiu fugir.
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