terça-feira, 19 de novembro de 2019

Policial militar é indiciado pela morte da menina Ágatha no Rio

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira, que um cabo da Polícia Militar foi indiciado foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) pela morte de Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, no dia 20 de setembro. As investigações indicaram que o disparo partiu da arma do PM, então lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Fazendinha. 

O inquérito teve como base depoimentos de testemunhas, de policiais militares em serviço que estavam no local do crime, de perícias e o laudo da reprodução simulada feita no dia 1º de outubro. De acordo com as investigações, o policial teria tentado atingir dois criminosos que passavam em uma moto, mas o projétil ricocheteou e atingiu Ágatha dentro da Kombi. Essa versão inclusive que havia sido relatada por familiares de Ágatha e pelo próprio motorista da kombi na qual a criança estava. Inicialmente, os policiais afirmaram que houve troca de tiros, versão contestada desde o início pelas testemunhas.

Simulação tenta esclarecer dinâmica da morte 
Uma reprodução simulada, feita no dia 1º de outubro, tentou esclarecer a dinâmica em que Ágatha foi atingida. Na época, o chefe do DGHPP (Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa), Antônio Ricardo Nunes, explicou que as testemunhas participaram da reconstituição encapuzadas para a preservação da identidade.

A Polícia Militar informou, por meio de nota, que "lamenta o triste episódio da pequena Ágatha e reforça solidariedade à família". A PM disse ainda que está dando apoio à investigação da Polícia Civil e que apura a ocorrência por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM). Ainda segundo a PM, o cabo está afastado de suas atividades nas ruas.

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