domingo, 9 de dezembro de 2018

Moradora de Brasília denuncia preconceito vivido pela filha deficiente em escola pública

A mãe de uma menina com deficiência mental usou as redes sociais para denunciar o preconceito sofrido pela filha em uma escola pública do Entorno do Distrito Federal. Segundo a moradora de Brasília, a discriminação parte, principalmente, das crianças que estudam na mesma sala.

Em um post feito na quinta-feira (6), a mãe lamenta a falta de sensibilidade dos profissionais que trabalham na escola. Em 24 horas, a publicação teve mais de 68 mil compartilhamentos e causou comoção na web.

No texto, acompanhado da foto, ela identifica a filha afastada dos demais colegas e "com cara de triste". Segundo a mãe, "as meninas da turma não deixaram e não quiseram estar ao lado dela na foto".

"Esta não é a primeira vez que ela passa por este tipo de situação este ano. No começo do ano ela cortou a franja sozinha porque disse que queria ser bonita como a amiga que não a deixava brincar e ser da turma delas."

A mãe explica que, por causa da deficiência, a criança tem atraso na aprendizagem. Ela conta que matriculou a filha em uma escola pública de Valparaíso de Goiás porque o colégio dizia trabalhar com uma pedagogia inclusiva – "ou deveria dizer forma de exclusão?", indaga.

Ela relata também que o professor responsável pela turma não estava presente no momento em que a foto foi feita. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Educação de Valparaíso e até a publicação desta reportagem não havia recebido resposta.

Em outro post, a moradora de Brasília diz que abriu seu perfil para "público" por causa do grande número de mensagens de apoio que estava recebendo. O "desabafo" na internet seria para chamar a atenção dos educadores, mas também de todos os pais.

"A intenção do texto é pedir que ensinem aos seus filhos a tratar as pessoas, independente de sua situação mental ou física."

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