Em 2019, o Brasil passou a liderar a estratégia de luta global contra a tuberculose. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assumiu por três anos a presidência do Conselho da Stop TB Partnership. A instituição, que busca eliminar a tuberculose no mundo, conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100 países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e financiamento, além de fundações e ONGs.
No ano passado, o país avançou no tratamento de crianças com a doença, tornando-o mais simples e, portanto, mais aceitável. O SUS passou a ofertar os fármacos de cada fase, em comprimidos em doses únicas combinadas e solúveis em água. Antes, para menores de 10 anos, era preciso usar a combinação de três medicamentos (rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg + pirazinamida 150 mg) na fase intensiva da doença e dois na fase de manutenção (rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg). Em ambos os estágios, a criança precisava tomar medicamentos simultaneamente, ou seja, de uma só vez.
Com a iniciativa, o Brasil se alinhou à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidades para a Infância (UNICEF), que defendem que os medicamentos em dose fixa combinada são uma oportunidade para simplificar e melhorar o tratamento de tuberculose nas crianças, além de possibilitar a melhora da adesão e da completude do tratamento.
No ano passado, foram registrados 1.271 casos da doença entre crianças na faixa etária até 10 anos.
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