Após dezessete semanas de exibição, A Regra do Jogo enfim supera a audiência média da antecessora, Babilônia.
No ar desde o final de agosto, a atual trama, de João Emanuel Carneiro, registra até o momento 26 pontos no geral. No mesmo período, a trama anterior tinha 25 pontos.
A diferença de apenas 1 ponto pode parecer insignificante, mas não é. No fim de ano há queda no número de TVs ligadas devido ao horário de verão, às festas típicas e às férias.
A reação de A Regra do Jogo, ainda que tímida, sinaliza a recuperação da Globo em sua principal faixa de faturamento numa época de Ibope menor em todos os canais.
A faixa das 21h começou 2015 em alta na emissora, com o êxito da etapa final de Império, que conseguiu média de 33 pontos e acabou com a crise instalada pela produção anterior, Em Família, que não passou de 29 pontos de média.
Exibida a partir de março, Babilônia era a aposta certa para coroar o ano do cinquentenário da Globo. Afinal, tinha elenco estelar e a grife de Gilberto Braga, autor de sucessos como Vale Tudo e Celebridade.
Porém a novela foi duramente rejeitada por boa parte do público e terminou com 8 pontos a menos do que Império.
Uma perda de audiência dramática em tempos de fuga de público para a teledramaturgia de concorrentes da TV aberta, os canais pagos e a TV por internet.
A Regra do Jogo passou a representar a grande chance de recuperação. O autor traz no currículo o fenômeno Avenida Brasil, de 2012.
Mas a recepção dos noveleiros foi fria. Com excesso de conflitos policiais, pouco romantismo e quase nenhum humor, o folhetim não conseguiu decolar no Ibope.
O desempenho surpreendente de Os Dez Mandamentos, na Record, também colaborou para que o índice da trama global ficasse abaixo da expectativa.
Agora, livre da pressão de faraós e egípcios, A Regra do Jogo registra crescimento contínuo de audiência. Nas últimas três semanas, alguns capítulos repetiram o recorde de 31 pontos de média.
A novela ficará no ar até a metade de março. Há tempo suficiente para reconquistar mais telespectadores e melhorar o índice geral.
Em uma década, a Globo perdeu quase 50% de audiência na valiosa faixa das 21h. A produção que ocupou a maior parte do ano de 2005, América, de Glória Perez, obteve média total de 49 pontos. Um número praticamente impossível de ser alcançado novamente.
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