quinta-feira, 28 de maio de 2015

Bombeiros alertam para risco de acidentes com botijão de gás

O Corpo de Bombeiros diz que sempre há fiscalizações e elas são rigorosas, mas admite que quando ocorrem episódios de acidentes envolvendo botijões de gás, as pessoas, comerciantes e moradores ficam mais atentos. E mais uma vez o assunto vem à tona com a explosão de botijão de gás, no centro de São Paulo, ferindo três pessoas na tarde da última sexta-feira (22).

Apesar do rigor com que diz trabalhar, o capitão do Corpo de Bombeiros de Salvador, Carlos Grimaldi, do Centro de Atividades Técnicas (CAT), reconhece que boa parte da população desconhece a legislação e pouco esforço faz para cumprir os requisitos mínimos de segurança. E ele exemplifica isso com o volume de denúncias que chegam todos os dias ao CAT, envolvendo o comércio, prédios residenciais e casas de shows. “São instalações inadequadas, ausência de equipamentos de combate a incêndios e ausência de saídas de emergências, entre outros itens básicos”, disse.

O capitão do Corpo de Bombeiros ainda chama a atenção para o fato de que em muitos locais não há qualquer manutenção das instalações, com revisões periódicas. “A dona de casa, por exemplo, não atenta que a mangueira e o registro do botijão de gás têm prazo de validade, que é o selo atestado pelo Inmetro. Mas preferem comprar o produto na clandestinidade, por ser mais barato, de início, mas que se tornam mais caros quando acontecem os acidentes”, afirmou.

COMÉRCIO IRREGULAR
Pelas normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a revenda de gás de cozinha (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo) só pode ser feita a quem atender aos requisitos básicos de segurança, como limite de estocagem, condições de armazenamento, e área específica que atendam aos requisitos de segurança. E mais, não poderá comercializar, no mesmo espaço, o GLP com outros produtos.
Com tudo, não é o que se vê em diversos bairros na periferia de Salvador, onde a venda de gás é feita de forma clandestina e burlando não só a legislação, mas principalmente a fiscalização, que fica a cargo do Corpo de Bombeiros. Investir em equipamentos e normas de segurança parece ser o grande entrave de comerciantes e até mesmo de prédios residenciais e casas de espetáculos, como avaliou o capitão Grimaldi.

Segundo explicou, existe toda uma legislação federal que regulamenta não só a comercialização e o armazenamento, mas também as instalações dos serviços de gás, quer sejam em residências, comércio ou indústrias. “O problema é que muitos pensam que investimento em segurança é custo, mas se esquece que por não investir, pode perder tudo, inclusive a própria vida simplesmente porque não atentou para esses requisitos”, disse.

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