Normalmente calmo, o técnico Eduardo Baptista, do Palmeiras, ficou transtornado após o jogo contra o Peñarol, nesta quarta-feira à noite, no Uruguai, pela Taça Libertadores. Além da tensão da vitória por 3 a 2, de virada, e da briga generalizada no gramado, o treinador desabafou contra uma postagem do jornalista Juca Kfouri, do site Uol.
Em seu blog, Kfouri escreveu que Róger Guedes teria discutido com o treinador após saber que ficaria no banco na primeira partida contra o Peñarol, na arena palmeirense. Ainda segundo o blog, Róger teria deixado a concentração após a discussão. O jornalista escreveu também que, para contornar a situação, o diretor de futebol Alexandre Mattos convenceu Eduardo a escalar Róger segundo jogo contra Ponte Preta, pela semifinal do Paulistão. O jogador, de fato, foi titular nessa partida (no jogo de ida, ficou no banco).
Eduardo ficou revoltado principalmente com a insinuação de que o diretor teria forçado a escalação do atacante em vez de Willian na partida que decretou a eliminação do Verdão do Paulistão.
Entre gritos e socos na mesa, o treinador afirmou:
– Sou um cara educado e respeitador. Vocês estão no dia a dia e respeito. Mas colocaram algumas coisas sobre a minha pessoa que vai além do campo. Além da parte tática, sobre se substituiu mal. Isso respeito. Escutei de uma pessoa importante, um cara que admiro e sou fã há muito tempo. Falar que o Róger Guedes jogou contra a Ponte Preta porque o Mattos escalou e que sou um treinador maleável. Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito.
– Essa pessoa não falou quem era a sua fonte. Eu sou responsável. Vou falar minha fonte. Willian não jogou depois do jogo da Ponte Preta, foi treinar quatro horas antes do jogo com a Ponte. Por isso não jogou e resolvi pelo Róger Guedes. Se cobrou tanto estudo dos treinadores depois de 2014. Vários estão surgindo. Os técnicos estão estudando. As pessoas que colocam isso precisam ter responsabilidade. Fala a fonte que disse que eu saí de mão com o Róger. Pode questionar substituição e escalação.
Eduardo continua, aumentando o tom e lembrando que em, sua nota o jornalista, escreveu que ele “maleável” a sugestões externas.
– Sou um cara sério. Vocês conhecem minha família. Tento respeitar e passar o máximo de informação. Falar que sou maleável é ofender o homem. Sou homem para caralho. Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito. Essa pessoa não falou quem era a sua fonte. Eu sou responsável.
Em entrevista à "ESPN", Juca Kfouri disse que entende e aceita o desabafo e que mantém a informação.
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