“A edição da Portaria nº 1.258/2017 do Ministério da Agricultura que vai reavaliar a Ceplac é fruto da ação de seus funcionários, liderados pelo Conselho de Entidades que luta pela institucionalização. Vivemos um momento sem precedentes, apesar de inúmeras dificuldades”. A declaração foi dada na terça-feira, dia 27, pelo superintendente da Ceplac na Bahia, Antônio Costa Zugaib, na abertura de encontro no Centro de Treinamento, onde foi apresentado e debatido o tema: “Revitalização Institucional da Ceplac, Propostas e Estratégias”.
O diretor do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Raul René Valle, lembrou que atualmente a Ceplac enfrenta graves problemas com a falta de pessoal e crescente número de pedidos de aposentadoria. “Há escassez de material humano”, pontuou. Já o secretário-executivo da Comissão de Revitalização da Ceplac (CRC), Antônio Fernando Ribeiro, destacou as atividades em defesa da instituição, rebaixada desde setembro do ano passado a Departamento da Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura.
“Quem está custeando o trabalho da CRC, inclusive nos deslocamentos, é a Anfa-Sindical, Anteffa e a Coopec. Portanto, quem financia essa luta são os servidores”, discursou Ribeiro, inclusive relatando visita à Superintendência da Ceplac no Pará, recentemente. O secretário-executivo ressaltou que a sociedade que demanda serviços de pesquisa, assistência técnica e extensão rural da Ceplac deseja sua manutenção pelo governo federal, inclusive tendo dado sugestões através de um documento guia elaborado que aponta para a transformação em autarquia federal.
O engenheiro agrônomo Luís Sérgio Santana, que representou a Anfa-Sindical, destacou que a instituição tem capital humano de qualidade e acervo que não se pode desperdiçar, construídos ao longo de 60 anos de pesquisa e geração de tecnologias. “Estamos coesos na defesa desse patrimônio da sociedade brasileira e não apenas dos cacauicultores”, expressou em nome do presidente do Conselho de Entidades Representativas dos Servidores da Ceplac, José Bezerra da Rocha, que cumpre agenda em Brasília.
Coube ao diretor adjunto Edmir Ferraz, indicado representante da Ceplac na Comissão do Ministério da Agricultura, apresentar o tema, tendo falado de propostas anteriores de institucionalização que considerou contribuições valiosas ao atual debate. “Faltou vontade política. Mas, agora se a gente não for capaz de sensibilizar apoios políticos de nada adiantarão todos esses esforços” disse, citando ameaças de fechamento da instituição ao longo dos anos. Na oportunidade também foi sugerida a mobilização de servidores das superintendências da Bahia, Pará e Rondônia e das gerências de Amazonas, Espírito Santo e Mato Grosso, além da Diretoria em Brasília.
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