O governo desistiu nesta quarta-feira de reajustar o Bolsa Família. O Ministério do Desenvolvimento Social pleiteava um aumento de cerca de 1% acima da inflação, um número de cerca de 4,5%. A equipe econômica deu sinal negativo para o reajuste. O próximo objetivo da pasta é tentar incluir cerca de 150 mil famílias no programa.
A dificuldade fiscal complicou os planos do Palácio do Planalto. Em março, o governo federal anunciou que cortaria R$ 42,1 bilhões em despesas programadas, na tentativa de cumprir a meta fiscal, que tem déficit primário de R$ 139 bilhões. Dois meses depois, comunicou que o contingenciamento seria R$ 3,1 bilhões menor.
O aumento viria em hora sensível para Temer, com popularidade em 7% e envolto na pior crise do governo. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, o discurso da área social mais recorrente do peemedebista é que ele deu reajuste do Bolsa Família, o primeiro em dois anos.
Em junho, Temer deu reajuste médio de 12,5% ao programa. A ex-presidente Dilma Rousseff, dez dias antes de ser afastada do cargo e um mês antes do reajuste de Michel Temer, anunciara um aumento médio de 9% para o programa, o que não aconteceu.
Mais de meio milhão de famílias que haviam saído do Bolsa Família até 2011 reingressaram no programa apenas no ano passado. Foram 519.568 retornos em 2016.
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