sábado, 20 de junho de 2015

Morre PM baleada com tiro no rosto na Zona Oeste do Rio

A policial militar Drielle Lasnor de Moraes, de 25 anos, baleada no rosto durante uma perseguição na Estrada da Água Branca, na Zona Oeste do Rio, na madrugada do dia 25 de maio, morreu na manhã deste sábado. A policial pertencia ao 14º BPM (Bangu) - o mesmo no qual trabalhava o seu pai, morto há dez anos, também quando estava em serviço. De acordo com a família da jovem, o corpo ainda está no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, aguardando a liberação para seguir para o Instituto Médico Legal.

Em conversa com o EXTRA, a tia de Drielle - que pediu para não ser identificada - disse que a família está muito mexida:

- Estamos muito abalados. Não consigo nem falar. O corpo ainda não foi liberado e não conseguimos tratar nada do enterro - disse, muito emocionada.

No Facebook, a tia escreveu sobre a sobrinha, a descrevendo como "guerreira":

“Sentimos com muita tristeza que Deus preferiu levar nossa guerreira para o reino do Senhor. Agradecemos o empenho e as orações de todos, as palavras de carinho e o conforto nesse período de vígilia. Deus sabe o que faz e o que é o melhor para seus filhos. Continuemos a orar para que a nossa soldado descanse em paz. Vai com Deus, amada filha”, escreveu.

A Justiça aceitou denúncia contra dois criminosos
A Justiça aceitou denúncia contra dois criminosos Foto: Reprodução

Drielle ficou orfã aos 15 anos, com a morte do pai, também policial. A jovem, que já havia perdido a mãe dez anos antes, num acidente, passou a ser criada pelas tias paterna e materna.
- A Drielle é como uma filha para mim. Ela conseguiu tudo que quis na vida, mesmo com todas as dificuldades. Não será diferente dessa vez. A dor da família é enorme, mas temos esperanças. Ela é forte e vai se recuperar. Minha sobrinha é muito marcante. Uma mulher especial, que não passa despercebida - descreve a tia materna.
De acordo com a corporação, a soldado Drielle Lasnor de Moraes foi socorrida e levada para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e depois transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres. A equipe da soldado desconfiou de um Gol verde e quando os PMs se aproximaram, o motorista acelerou para fugir. Os criminosos então atiraram contra a viatura e um dos disparos atingiu a policial. Na perseguição, os bandidos acabaram batendo com o carro no muro de uma igreja, e dois deles — Rafael e Gustavo — acabaram presos em seguida. Um terceiro criminoso conseguiu fugir.

A jovem é soldado do 14º BPM (Bangu)
A jovem é soldado do 14º BPM (Bangu) Foto: Reprodução

Durante a semana, familiares chegaram a organizar uma campanha de doação de sangue para a policial. Segundo uma tia, que preferiu não se identificar, a bala que atingiu a policial ficou alojada na nuca, no início de uma vértebra da coluna.

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