A funkeira Samantha Miranda, 32, apontou o ex-marido Cristiano Girão (ex-vereador e apontado como chefe da milícia da Gardênia Azul) como o principal suspeito de uma tentativa de homicídio que ela sofreu com o atual marido, Marcelo Diotti, na manhã de ontem. Na delegacia, ela contou que havia recebido ameaças de Girão dois dias antes.
O casal deixava uma festa no Hotel Grand Mercure, na Avenida Salvador Allende, Barra da Tijuca, quando foi alvo de tiros disparados por um homem que estava em um Voyage preto. Eles não ficaram feridos.
O DIA teve acesso ao depoimento prestado por Samantha na Polícia Civil. Ela contou que vem recebendo ligações ameaçadoras do ex-vereador por ter entrado na Justiça pedindo pagamento de pensão alimentícia para a filha, de 8 anos.
A última ligação de Girão, segundo Samantha, teria ocorrido na quarta-feira, às 22h. Ela afirma que Girão a ameaçou dizendo que “a nossa filha vai ficar sem o pai ou sem a mãe”. “Estou sem dormir. Eu acordo e penso em você, e isso não é bom. Você não me conhece. Se me conhecesse de verdade não iria estar fazendo isso”, disse o ex-marido, se referindo ao processo.
Na mesma ligação, Girão teria insinuado que gostaria de reatar o relacionamento. “Se eu fosse seu marido não iria gostar de saber que tem homem que dorme e acorda pensando na mulher dele”.
Samantha contou que o atual marido, momentos antes do ataque, estava usando a câmera do celular para fazer uma filmagem, e a gravação teria flagrado o momento em que o atirador se aproxima. O vídeo está com a Polícia Civil.
Diotti, que é dono de uma marca de roupas, já foi preso e respondeu por homicídio, porte de arma de fogo e exploração de máquinas caças-níqueis. O Ministério Público denunciou ele e mais seis envolvidos pela morte de um rapaz, em Campo Grande, há sete anos.
Eles foram acusados de executar a vítima após ela ganhar mais de R$ 2 mil nas máquinas. Diotti foi absolvido pelo homicídio, em 2015.
Já Girão, após ficar preso por sete anos no presídio de segurança máxima de Rondônia, encontra-se em liberdade condicional desde 2015. Ele utiliza tornozeleira eletrônica. A reportagem tentou entrar em contato com os envolvidos e com suas defesas, mas os telefones estavam desligados.
Em nota, o Hotel Grand Mercure informou que “prestou toda a assistência ao casal envolvido, colaborando também com as investigações”.
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