Um fazendeiro que estava desaparecido foi assassinado pela amante dele e pela família dela, em Juara, a 690 km de Cuiabá. Moisés Moraes, de 57 anos, estava desaparecido desde o dia 29 de janeiro.
A Polícia Civil disse nessa terça-feira (6) que o fazendeiro foi morto a tiros e teve o corpo queimado pelos suspeitos depois que chantageou a amante em divulgar imagens, vídeos e conversas íntimas dos dois para a família dela.
De acordo com a Polícia Civil, Moisés era casado e tinha um relacionamento extraconjugal com uma mulher, também casada, que era vizinha dele. Os dois estavam juntos há cinco anos e planejavam deixar os respectivos parceiros para assumirem o relacionamento.
Cinco pessoas foram identificadas pelo assassinato, mas não tiveram a identidade divulgada pela polícia. Se trata da amante, de 44 anos, o marido dela, de 53 anos, o filho de 22, a filha de 19 anos, e um vizinho, de 39 anos.
A família e o vizinho foram ouvidos pela Polícia Civil na segunda-feira (5) e confessaram o assassinato.
Moisés frequentava a casa da família da amante e estava se separando da atual mulher para ficar com ela, que voltou atrás e decidiu não se separar. As investigações apontam que o fazendeiro passou a pressionar a amante para que ela se separasse, ameaçando mostrar fotos e vídeos deles ao marido dela.
Então, se fazendo de vítima, a mulher inventou uma história ao filho, dizendo que era abusada sexualmente e ameaçada com uma arma pelo fazendeiro vizinho.
Conforme a polícia, o filho da amante acreditou na versão e contou para o pai que também acreditou na história da mulher. Na tarde do dia 29 de janeiro, o marido fez com que a mulher ligasse para Moisés e o chamasse para se encontrar com ela.
O fazendeiro chegou na propriedade vizinha em uma motocicleta. Antes mesmo de descer da moto, foi atingido por um tiro disparado pelo marido da amante.
Em seguida, Moisés foi atingido com mais 10 tiros disparados pelo filho da suspeita. Depois, ainda foi baleado duas vezes pelo vizinho e pelo marido.
Após ser morto, o corpo do fazendeiro foi enrolado em uma lona e levado para o meio do pasto, onde a família ateou fogo junto com uma pilha de madeira. O corpo permaneceu queimando por três dias e se desintegrou totalmente.
De acordo com a polícia, somente a filha da suspeita não participou diretamente do crime, mas teria ajudado a transportar o corpo até a área da propriedade onde foi colocado fogo.
Na casa deles e na propriedade do vizinho foram apreendidas seis armas, entre espingardas, carabinas e revólveres.
O marido e o vizinho foram presos por posse ilegal de arma de fogo, pagaram fiança e foram postos em liberdade. Todos vão responder no inquérito policial pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo.
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