sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Pressão por saída de Barbieri no Flamengo esbarra em falta de opções e divergências entre Lomba e Bandeira

A insistência do Flamengo com Barbieri não se sustenta apenas pela boa avaliação do jovem treinador. Há na diretoria um consenso que o trabalho estacionou, é verdade, mas nem todos concordam que valha a pena mudar o comando.

Primeiro, pela falta de opções no mercado com o perfil desejado — já discutidas ativamente. Segundo, com o momento inapropriado para troca, próximo de jogos decisivos no fim do ano eleitoral. Por fim, pela divergência de opiniões entre quem manda no futebol.

Embora a pressão pela demissão seja grande por parte dos apoiadores da diretoria, notadamente o presidente Bandeira de Mello finca o pé pela permanência de Barbieri, e é ele que tem a caneta no fim das contas.

Sendo assim, Ricardo Lomba, vice de futebol e candidato nas próximas eleições, não consegue iniciar qualquer reformulação que possa o ajudar no pleito de dezembro. Não é surpresa para ninguém que o grupo que apoiava Bandeira hoje sustenta apenas Lomba, isolando o presidente, que se dedica à campanha política fora do clube.

Em meio a este cenário, o diretor Carlos Noval, novato no cargo, não lidera o processo que deveria. Embora não queira a troca de treinador. Entretanto, é voz ativa apenas dentro do Ninho do Urubu, e não fala para o torcedor como responsável pelo futebol. A presença de um coordenador de futebol experiente, outrora debatida, foi descartada para este ano.

No dia seguinte à derrota para o Internacional, que deixou o Flamengo na quarta posição do Brasileiro, nenhum dos dirigentes deu explicações. A filosofia é debater internamente. E nas conversas, a Copa do Brasil se apresenta como o momento definitivo para Barbieri. A ida à final após o duelo com o Corinthians , que trocou de técnico, seria a esperança pela manutenção do trabalho.

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