terça-feira, 4 de setembro de 2018

Vasco e Botafogo têm riscos de rebaixamento para a Série B maiores que 20%

O segundo turno ainda está começando. Para o Vasco faltam 17 rodadas até o fim do Brasileiro. Para o Botafogo, 16. Embora o caminho seja longo até a rodada final, dia 3 de dezembro, os números já assustam. O principal deles foi calculado pelo departamento de matemática da UFMG. O risco de queda dos times é de 26,7% para o Vasco e 20,7% para o Bota.

A dupla está entre os piores times no pós-Copa. Vasco é 16º (9 pontos) e o Botafogo, 17º (8 pontos). Enquanto isso, alguns rivais decolam. O Ceará (7º no período) tem 15 pontos no período. O Bahia (11º), 13.

A tensão expõe questões internas. Ontem, Wagner reclamou da diretoria do Vasco por ter levado o jogo com o Santos (derrota por 3 a 0) para o Maracanã.

— A gente perde muito quando sai de São Januário. Não sei por que jogamos no Maracanã. Não perguntaram aos jogadores. Nossa casa é São Januário — ressaltou.

Nos próximos jogos, só um em casa

Terceiro pior visitante do campeonato, o Vasco voltará a jogar nesta quinta-feira em Belo Horizonte, onde, em empates contra Cruzeiro e Atlético-MG, conquistou dois dos quatro pontos quando atuou fora de casa. Contra o América-MG, o time de Alberto Valentim lutará pela primeira vitória fora de seus domínios.

A sequência de jogos do Vasco não é das mais fáceis. Após o América, o time emendará dois outros jogos longe de São Januário. Contra o Vitória, no domingo, em Salvador. Apesar de mandante, o clássico com o Flamengo, no dia 15, será em Brasília. No Mané Garrincha, o time perdeu para o Corinthians por 4 a 1 em julho.

Depois desses três jogos fora do Rio, o Vasco volta à cidade para uma partida em casa (contra o Bahia, dia 23) e encaixa outras três partidas fora de casa: Santos, dia 27, Paraná, dia 30, e Botafogo, em 7 de outubro, que será disputado no Nilton Santos.

Com dois jogos e duas derrotas, Valentim também tenta sua primeira vitória pelo clube. Até aqui, contra Atlético-PR e Santos, ele soma quatro gols sofridos e nenhum marcado.

Moisés: ‘não sei como, mas a vitória tem que vir de qualquer jeito’

A ameaça do rebaixamento é tema dentro do vestiário alvinegro. Ciente do perigo, o lateral esquerdo Moisés falou em nome do grupo e pediu concentração para os próximos desafios.

—São mais cinco jogos (pelo Campeonato Brasileiro) neste mês, temos condições de fazer melhor. Precisamos minimizar os erros, dar a resposta em campo. Já nesta quarta vamos mostrar que queremos sair desta situação — avaliou.

E o próximo desafio do alvinegro não é dos mais fáceis: Vai receber o Cruzeiro, amanhã, às 19h30, no Nilton Santos. Além de ocuparem a 7ª posição do Brasileiro, os mineiros ainda estão na disputa da Copa do Brasil e da Libertadores.

— O Cruzeiro tem um elenco qualificado, jogadores de seleção. Não sei como essa vitória vai vir, mas tem que vir de qualquer jeito — decretou o lateral, que não atuou bem contra o Grêmio, para depois complementar — é o momento de botar a cara, não se esconder atrás do adversário. Não é porque estamos a dois pontos da zona de rebaixamento que está tudo bagunçado. Estamos no comando da situação.

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