Um jovem foi detido pela Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (2) durante as comemorações da Independência da Bahia, no Largo da Lapinha. O manifestante teria conseguido furar o cerco de seguranças que protegia o governador Jaques Wagner e outras autoridades, e arremessado uma haste de madeira enrolada em uma faixa de protesto na direção deles.
Segundo informações da assessoria da Polícia Militar, uma testemunha que estava no local teria visto o momento em que o rapaz teria atirado o objeto contra as autoridades e o denunciou à patrulha da PM. A polícia deteve Pedro Carvalho Melo, 19 anos, - apontado como suspeito da tentativa de agressão - e o encaminhou, junto com a testemunha, para esclarecer a situação.
Os dois foram levados para o posto de apoio da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Liberdade), na Lapinha. Ainda de acordo com a assessoria da PM, como a testemunha não quis manter a denúncia e Pedro negou que havia atirado a bandeira contra o governador, ele foi liberado.
Além da tentativa de agressão contra o governador, os festejos de Dois de Julho estão sendo marcados por protestos. Grupos de professores grevistas da rede estadual de ensino estão no local, com apitos e cartazes, reivindicando novas negociações para o fim da greve. O cortejo é marcado por fortes vaias durante a passagem da comitiva do governador.
Prisões no cortejo
Quem for detido suspeito de cometer algum delito durante o cortejo, será encaminhado para a 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) ou para a 2ª Delegacia Territorial (DT/Liberdade). De acordo com informações de agentes da 1ª e da 2ª delegacia, ninguém foi levado para as unidades até as 11h.
Popularidade política
Os candidatos das três principais coligações que disputam as eleições para prefeito de Salvador enfrentam nesta segunda-feira (2) o seu primeiro teste com o povo nas ruas. Antes mesmo do início oficial da campanha, na próxima sexta, Nelson Pelegrino (PT), Mário Kertész (PMDB) e ACM Neto (DEM) poderão saber, no desfile do 2 de Julho, como andam suas popularidades.
Ao lado de seus vices, candidatos a vereador, deputados, lideranças e centenas de correligionários, eles prometem cumprir o trajeto entre a Lapinha e o Campo Grande. Vão aproveitar a comemoração dos 189 anos de Independência da Bahia para, de certa forma, dar início às campanhas.
“Como existe uma quantidade muito grande de gente nas ruas, acaba sendo um termômetro”, considera Neto, experiente na festa cívica. “Muito antes de ser deputado, eu já participava”.
Mário Kertész, que não se lembra a última vez em que foi ao 2 de Julho, enxerga o evento como um treinamento para o corpo a corpo. Mas, diz ele, é cedo para medir seu “ibope”. “Está começando tudo ainda, né? Tem gente que bota pessoas para aplaudir. Não gosto de nada artificial. Durante anos participei da festa”.
Pelegrino vai ter a companhia do governador. Deve, portanto, ouvir os gritos de protesto dos professores em greve. “Independente dos professores, vou para o desfile normalmente. E não considero o termômetro que dizem”.
Termômetro ou não, o 2 de Julho será o primeiro contato com o povo, o que, confirmam os três, será marca de suas campanhas. “A presença nas ruas é tão importante quanto na TV”, aposta Neto. “O corpo a corpo já faz parte de minha maneira de fazer política”, disse Pelegrino. “Para ganhar eleição, tem que gastar sola de sapato”, afirmou Kertész. CORREIO.
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