Acidentes vasculares cerebrais, AVCs, ou derrames cerebrais sofridos por adultos jovens que consomem maconha são mais propensos a serem isquêmicos, em comparação com os acidentes vasculares cerebrais sofridos pelos não-usuários, de acordo com uma pesquisa publicada 26 de outubro de 2015 na revista Journal of the American College of Cardiology (JACC).
Pesquisadores examinaram 334 pacientes com idade inferior a 45 anos que foram hospitalizados por acidente vascular cerebral isquêmico, entre 2005 e 2014. Um total de 58 pacientes da coorte eram usuários de maconha. Os resultados mostraram que a estenose arterial intracraniana foi a causa de acidente vascular cerebral em 45% dos usuários de cannabis em comparação com 14% dos não-usuários. Na internação hospitalar, os usuários de maconha e não usuários apresentavam deficiência motora unilateral semelhante, mas os consumidores de cannabis apresentavam mais transtornos visuais e menos afasia em comparação aos não-usuários. A independência funcional foi similar em ambos os grupos.
Segundo os autores, os dados mostram que a capacidade funcional favorável é comum em pacientes jovens com AVC, independentemente do consumo de cannabis. Isto é provavelmente relacionado com a plasticidade cerebral compatível com a idade dos pacientes.
Segundo a editoria do JACC, os efeitos da maconha foram considerados benignos por um longo tempo; no entanto, continuam a surgir evidencias sobre a relação entre seu uso com acidente vascular cerebral.
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