TCE bloqueia quase R$ 200 milhões por fraude no Maracanã

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou o relatório de José Gomes Graciosa, conselheiro, sobre as reformas do complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. R$ 198 milhões em créditos para as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez foram bloqueados e uma punição para ambas as empresas foram pedidas, segundo O Globo.

A delação premiada de Clóvis Renato Numa Primo, ex-dirigente da Andrade Gutierrez, afirma que foi autorizado o pagamento de propina para o TCE no valor de 1% do contrato do Maracanã, reformado pela empresa do delator, Odebrecht e Delta. O empresário confirmou o pagamento de 5% de suborno para o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Pelo contrato original, o governo do estado deveria ter pagado R$ 705 milhões pela reforma, mas a inclusão de 16 aditivos fez a obra saltar para R$ 1,2 bilhão. Entre 2010 e 2014, o TCE instaurou 21 processos para analisar o contrato, os 16 aditivos e o resultado de quatro auditorias especiais da obra. Embora os auditores do tribunal tivessem apontado irregularidades e pedido a devolução de R$ 93 milhões (à época), o TCE não havia tomado qualquer decisão sobre o assunto.