O que efetivamente pode comprometer a fertilidade masculina? As causas são diversas, mas, em geral, os problemas estão relacionados com a produção de espermatozoides. Isso significa, basicamente, alterações na sua morfologia, motilidade e concentração.
João Batista Oliveira, ginecologista do Centro de Reprodução Humana Professor Franco Junior, de Ribeirão Preto (SP), afirma que uma série de fatores pode afetar a concentração ideal de espermatozoides, a capacidade de locomoção (motilidade) e a capacidade de fertilização do óvulo.
Entre eles estão a criptorquidia (quando os testículos não desceram corretamente para a bolsa escrotal), problemas genéticos ou infecções repetidas na região.
Problemas sexuais, como ejaculação precoce e ejaculação retrógrada, ou problemas estruturais, tais como obstruções e ausência congênita dos canais que transportam os espermatozoides do testículo, podem da mesma forma afetar a liberação ou deposição adequada dos espermatozoides.
O estilo de vida, como má nutrição, obesidade, uso excessivo de álcool, tabaco e drogas, pode estar relacionado com a alteração da quantidade e da qualidade dos espermatozoides. A exposição excessiva a certos fatores ambientais, como pesticidas e outros químicos, também. Além disso, a exposição muito frequente ao calor, como em saunas, pode elevar a temperatura corporal, prejudicando a produção.
Danos relacionados ao câncer e seu tratamento podem igualmente levar a problemas de fertilidade. "A radioterapia e a quimioterapia podem comprometer a produção de espermatozoides, por muitas vezes, severamente", aponta Oliveira.
O médico afirma que grande número de estudos rejeita a teoria do estresse como um fator isolado da causa de problemas de fertilidade. No entanto, há evidências de que ele pode ser um fator de risco adicional. "O estresse provoca várias mudanças hormonais no corpo que podem afetar a fertilidade", diz.
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